quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O LÚPUS E A DEPRESSÃO (II)

O que causa a depressão no lúpus?
Não há uma causa para a Depressão Clínica nos pacientes com lúpus; ou melhor, existem vários fatores que contribuem para a depressão em uma doença crônica como o lúpus. A causa mais comum é o abalo emocional causado pelo estresse e tensão associados à lida com a doença crônica e a condição médica. Outras causas podem ser os muitos sacrifícios e perdas requeridas pelo contínuos ajustes que o paciente deve fazer na sua vida.

Vários medicamentos usados no tratamento do lúpus, como esteróides (ex.: Prednisona), podem induzir à depressão. O envolvimento de certos órgãos no lúpus (ex.: o cérebro, coração ou rins) também pode levar à Depressão Clínica. Existem ainda muitos outros fatores desconhecidos (que podem ou não estar relacionados ao lúpus) que podem causar a depressão. É claro que existem algumas pessoas que iriam desenvolver a Depressão Clínica tendo ou não uma doença crônica como o lúpus.

Qual o tratamento e os prognósticos para a depressão no lúpus?
Um tratamento efetivo requer um diagnóstico e intervenção precoces. Felizmente, a maioria dos episódios de depressão em pessoas com lúpus tem vida curta, desparecendo por si só em alguns meses. Assim como alguns pacientes lúpicos podem tolerar bastante dor, outros parecem aptos a aceitar e tolerar mais facilmente a maioria dos sintomas da Depressão Clínica. A depressão é muito estressante e produz muita ansiedade, o que pode agravar o lúpus. Reações depressivas devem ser tratadas com a mesma agressividade e persistência com que se trata uma crise do lúpus, ou qualquer outra doença. Naturalmente, qualquer possível condição que possa contribuir para a depressão deve ser identificada e controlada.

Hoje em dia, temos à disposição tratamentos efetivos contra a depressão, normalmente a base de medicamentos psicotrópicos, psicoterapia e, com mais freqüência, uma combinação dos dois. Remédios antidepressivos são as drogas mais usadas; são quatros as categorias desses medicamentos: tricíclicos, uma nova geração de antidepressivos não tricíclicos, inibidores MAO (MAO inhibitors) e lítio. A eficácia desses medicamentos pode ser aumentada ao combiná-los ou pela adição de outras drogas.

Um tratamento agressivo e adequado envolve a cooperação do paciente, e o apoio, educação e envolvimento da família e de amigos próximos. Tais tratamentos podem envolver exames para determinar as doses apropriadas de medicamentos, franca comunicação entre o paciente e a equipe responsável pelo tratamento, e uma grande dose de otimismo na forma de encorajamento, paciência, disposição e perseverança do paciente, do seu médico, da sua família e dos amigos. Naturalmente, qualquer fator médico subjacente que possa contribuir para o estado depressivo deve ser identificado e atacado. Os medicamentos antidepressivos são associados a uma série de efeitos colaterais e podem intensificar vários sintomas associados ao lúpus (ex.: aumento da secura da mebrana mucosa na Síndrome de Sjogren). Quando os medicamentos antidepressivos têm efeito, há uma bem-vinda melhora na sensação de bem estar e no estado geral do paciente.

A recuperação da depressão é normalmente um processo gradual. Melhoras expressivas não ocorrem em poucos dias; contudo, os progressos começam a ser vistos após algumas poucas semanas. Mesmo quando os sinais de Depressão Clínica parecem sumir rapidamente, não é raro o paciente ter uma recaída quando o medicamento é suspenso. Por essa razão, a medicação deve ser mantida por aproximadamente seis meses ou mais, e a dosagem deve ser reduzida gradualmente por 3 a 4 semanas, quando o tratamento é suspenso.

Nos pacientes com depressão, é comum uma diminuição das funções mentais (cognição). Esses incômodos e comuns lapsos nas funções mentais tendem a não ser relatados pelos médicos é raramente são confirmados para serem atribuídos a uma mudança estrutural específica. Felizmente, essas alterações transientes nas funçoes mentais melhoram assim que a condição depressiva diminui.

Psicoterapia pode ser de muita ajuda para que pessoas com Depressão Clínica entendam seus sentimentos, sua doença as suas relações, e lidem mais efetivamente com o estresse em sua vida. Os benefícios para o paciente são melhores observados quando o médico pricipal (o médico do lúpus) mantém uma relação próxima com o psiquiatra ou psicólogo. Tal ralacão maximiza a qualidade do tratamento e fornece a mais potente abordagem para controle da depressão.

Um comentário:

Anônimo disse...

a empregada (40 an0s)que cuida da minha mãe teve doagnóstico de Lupus e está apavorada com a perspectiva de evolução da doença e de não poder mais trabalhar. É uma pessoa muito dedicada e gostaria de ajudá-la , ao mesmo tempo penso se minha mãe(88 anos) estará segura com ela?