terça-feira, 20 de abril de 2010

VASCULITE

Vasculite
As vasculites podem acometer qualquer tipo de artéria ou veia e lesar desde grandes vasos como a artéria aorta, até vasos microscópicos com arteríolas dos olhos ou dos rins.

As causas ainda não estão totalmente esclarecidas, porém, as vasculites são em geral processos mediados por defeitos no sistema imune (DOENÇA AUTO-IMUNE).

As vasculites podem ocorrer secundariamente à algumas doenças como Lúpus e artrite reumatóide; Infecções como hepatite C, sífilis e AIDS; Ou como uma reação a certos de medicamentos.

Existem também as vasculites primárias, ou seja, aquelas que ocorrem sem uma causa aparente e sem estar associada a nenhuma outra doença.

As vasculites podem ser didaticamente dividas pelo tamanho dos vasos acometidos:

a) Vasculites de grandes vasos

- Arterite de Takayasu = É uma vasculite que acomete grandes artérias, principalmente aquelas mais próximas do coração como a artéria aorta e seus ramos.
- Arterite temporal (arterite de células gigantes) = Também acomete grandes artérias, principalmente a aorta e os vasos da face.

b) Vasculite de médios e pequenos vasos

É uma vasculite que acomete vasos de tamanho médio e pequeno, poupando a aorta. Podem ou não estar associada a outras doenças como lúpus, hepatite, esclerodermia e neoplasia.

As mais comuns são:

- Poliarterite nodosa
- Doença de Kawasaki
- Vasculite primária do sistema nervoso central
- Tromboaneíte obliterante (doença de Buerger)

c) Vasculite de vasos pequenos e microscópicos

É a vasculite que acomete os pequeníssimos vasos dentro dos órgãos. Também podem ser primárias ou secundárias.

As principais são:

- Vasculite de Churg-Strauss
- Púrpura de Henoch-Schönlein
- Granulomatose de Wegener
- Crioglobulinemia
- Doença de Behcet
- Poliangeíte microscópica

Sintomas da vasculite

O quadro clínico das vasculites dependem do tamanho dos vasos inflamados e de quais órgãos são acometidos.

Alguns sintomas inespecíficos são comuns a todas as vasculites, entre eles:

- Cansaço
- Mal estar
- Emagrecimento
- Dor abdominal
- Febre
- Dor nas articulações
- Perda do apetite

Outros sintomas são mais específicos. Abaixo pode-se ver a foto de uma vasculite acometendo os vasos das mãos, causando necrose dos dedos.

Algumas vasculites acometem vasos que irrigam orgãos internos. Abaixo podemos ver um infarto intestinal por obstrução dos vasos que irrigam os intestinos.

Muitas vasculites acometem vasos da pele, causando lesões que chamamos de púrpura. São sinais de sangramento no tecido subcutâneo.

As vasculites também acometem com frequência os vasos dos pulmões e dos rins. No primeiro costuma causar um quadro muito grave com hemorragia pulmonar e risco de insuficiência respiratória. Nos rins costumam estar associados a lesões dos glomérulos renais, causando glomerulonefrite e insuficiência renal aguda (
Outro sinal comum das vasculites é o acometimento dos nervos periféricos causando dores e perdas de sensibilidade nos membros.

As vasculites que atacam vasos de órgãos internos são muito graves e podem levar ao óbito se não forem diagnosticadas e tratadas a tempo.

Diagnóstico das vasculites

Através da história clínica e do exame físico é possível imaginar qual tipo de vasculite é mais provável. Identificar qual o tamanho de vaso acometido, ajuda a excluir alguns tipos de doença e orienta na solicitação de exames complementares.

Análises de sangue com pesquisa de marcadores de doença auto-imune como FAN, ANCA, crioglobulinemias, complemento etc... são muito úteis.

Radiografias de tórax para avaliação pulmonar e análises como a creatinina para avaliar a função renal também são necessários.

O exame mais importante é a biópsia. Pode ser da pele, do pulmão, do rim ou qualquer outro tecido ou órgão que apresente lesão.

Tratamento das vasculites

O tratamento da vasculite depende do tipo e da presença ou não de uma causa identificável.

As vasculites causadas por drogas e restritas a pele costumam ser auto-limitadas. A simples suspensão do medicamento costuma ser suficiente. Em casos mais agressivos pode se usar corticóides.

As vasculites sistêmicas, ou seja, aquelas que acometem órgãos internos, são quadros graves e devem ser tratados agressivamente. O tratamento costuma ser com drogas imunossupressoras como corticóides em doses elevadas, ciclofosfamida, azatiprina e metotrexate.

Em casos dramáticos pode-se lançar mão da plasmaferese.

sábado, 17 de abril de 2010

SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

Síndrome do Túnel do Carpo

Síndrome do túnel do carpo é o nome referido a uma doença que ocorre quando o nervo que passa na região do punho (nervo mediano) fica submetido a compressão, originando sintomas característicos que serão descritos adiante.

Representa doença muito comum entre mulheres na faixa de 35 a 60 anos; pode ocorrer com menor frequência fora dessas faixas de idade e também ocasionalmente em homens.

Os sintomas típicos são representados por dormência e formigamento nas mãos, principalmente nas extremidades dos dedos indicador, médio e anular; em quase 2/3 dos casos é bilateral. Caracteristicamente esses sintomas ocorrem durante a noite, fazendo com que as pessoas tenham que levantar, movimentar as mãos ou mesmo coloca-las em imersão de água quente; algumas vezes pode surgir dor em todo membro superior (mão, antebraço e braço); também são frequentes as sensações de choques em determinadas posições da mão como segurar um objeto com força, segurar volante do carro ou descascar frutas e legumes. Com muita frequência as pessoas imaginam que estão tendo "derrame" ou "problemas de circulação" procurando assistência médica especializada nessa área. Esses sintomas de dormência e formigamento podem melhorar e piorar ao longo de meses ou até anos, fazendo com que o diagnóstico preciso e correto seja retardado.

Na maioria dos casos essa compressão do nervo na região do punho ("nervo preso") deve-se a estreitamento no seu canal de passagem por inflamação crônica não específicados tendões que também passam por esse canal. Em outros casos com menor frequência podem exister doenças associadas comprimindo o nervo. É importante ressaltar que mulheres grávidas podem ter sintomas da doença ocasionados por edema ("inchaço") próprio da gravidez; na maioria dos casos os sintomas desaparecem após o parto podendo reaparecer muitos anos mais tarde. Algumas atividades profissionais que envolvem flexão contínua dos dedos (exemplo ordenha de leite) podem desencadear sintomas de compressão do nervo.

O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é baseado nos sintomas característicos e na comprovação da compressão do nervo por um exame chamado eletroneuromiografia; nesse exame os nervos do antebraço, punho e dedos são estimulados por choques de pequena intensidade sendo o resultado medido na tela do aparelho.

O tratamento para os casos de compressão leve (critério baseado no exame eletroneuromiográfico) pode ser inicialmente feito imobilizando-se o punho por "splints"; jamais o punho deve ser enfaixado pois pode piorar a compressão; também deve ser evitada qualquer medida fisioterápica nessa fase. Os "splints" são pequenas talas de material duro porém flexível que são colocados desde a mão até o antebraço e fixados com velcro, podendo ser facilmente retirados e colocados. Os remédios ou infiltrações no local podem ser utilizados, porém são sempre paliativos ou seja não resolvem o problema definitivamente.

Nos casos em que o tratamento por imobilização falha ou naqueles nos quais o exame eletroneuromiográfico revela compressão mais grave do nervo devem ser submetidos à cirurgia. O objetivo da cirurgia é abrir o canal por onde o nervo passa, resolvendo o problema definitivamente na maioria dos casos. Quando o nervo fica comprimido muito tempo pode haver atrofia definitiva ("nervo atrofiado ou seco") com pouca recuperação mesmo após a cirurgia.

sábado, 10 de abril de 2010

36 MIL POSTOS DE VACINAÇÃO ABERTOS EM TODO O BRASIL, HOJE, SÁBADO, 10 DE ABRIL DE 2010
Com o objetivo de reforçar a importância da vacinação contra o vírus da Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, o Ministério da Saúde promove neste sábado o "Dia Nacional de Vacinação contra a Gripe H1N1".

Por meio dessa ação, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, todos os 36 mil postos de vacinação do País deverão estar abertos. Devem ser imunizados doentes crônicos com menos de 60 anos, grávidas, crianças de seis meses a menores de dois anos e adultos de 20 a 29 anos.

"É uma iniciativa importante, pois as pessoas costumam ter mais tempo livre no fim de semana. Estamos seguros de que todos os brasileiros, mesmo os que não vão tomar a vacina, estarão empenhados nesse grande esforço para proteger a saúde das pessoas mais vulneráveis à nova gripe", disse o ministro da pasta, José Gomes Temporão.

Prorrogação
Com previsão para terminar no último dia 22, a vacinação de grávidas, crianças e doentes crônicos foi prorrogada até o dia 23 deste mês. O público-alvo, considerando esses três grupos, é de 20,4 milhões de pessoas. Mulheres que engravidarem após o fim da terceira etapa poderão se imunizar nas fases seguintes. Não é preciso apresentar atestado médico para comprovar a gravidez.

O ministério diz que os pais devem levar o cartão de vacinação das crianças - bebês de seis meses a menores de dois anos. Elas vão receber dose dividida em duas vezes. A segunda meia dose será administrada 30 dias após a primeira. Assim como no caso das grávidas, se a criança completar seis meses depois de 23 de abril, poderá ser vacinada nas etapas seguintes.

Também devem procurar os postos de vacinação pessoas com 60 anos que têm problemas crônicos de coração, pulmão, rins, fígado, diabéticos, pacientes em tratamento para aids e câncer e os chamados grandes obesos (crianças com idade igual ou maior que 10 anos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25; criança e adolescente com idade maior de 10 anos e menor de 18 anos com IMC igual ou maior que 35; e adolescentes e adultos com idade igual ou maior que 18 anos com IMC maior de 40).

Idosos
Pessoas idosas com doenças crônicas devem aguardar, pois haverá um "dia D" exclusivo a elas: será de 24 de abril a 7 de maio, quando começa a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso contra a gripe comum. Dessa forma, o idoso só precisará ir ao local de vacinação uma única vez. A quinta e última etapa de imunização, para adultos de 30 a 39 anos, será de 10 a 21 de maio.