sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

LÚPUS E FIBROMIALGIA III

FIBROMIALGIA – 3º Parte
O único achado relevante ao exame físico é a presença dos pontos dolorosos ou "tender points". Os exames laboratoriais habitualmente são normais, na fibromialgia primária. Assim sendo, o seu diagnóstico é clínico e feito por um especialista que conheça a doença. A presença de outras doenças não exclui o diagnóstico de fibromialgia, podendo estar associada ao Lupus Eritematoso Sistêmico (vários pacientes que começam apresentar fadiga, podem estar apresentando fibromialgia associada), osteoartrose, artrite reumatóide, hérnia de disco, osteoporose e outras doenças. Sua etiopatogenia ainda não está completamente elucidada.

Diversos estudos mostram que os sintomas da fibromialgia devem ser decorrentes das alterações nos mecanismos de modulação da dor, onde encontramos uma diminuição dos níveis de serotonina (substância analgésica) e um aumento dos níveis de substância P (substância algógena), no sistema nervoso central, em indivíduos geneticamente predispostos, sendo assim os pacientes portadores de fibromialgia são extremamente "queixosos e doloridos". Há estudos mostrando uma diminuição da perfusão sanguínea no tálamo e núcleo caudado, importantes regiões do cérebro envolvidas com a percepção dolorosa.

Também encontramos os distúrbios do sono bem como uma piora de suas queixas com o estresse emocional. Pelo estado de dor crônica os pacientes tornam-se inativos e conseqüentemente descondicionados, sendo assim, o seu tratamento jamais pode ser realizado apenas com medicamentos.O tratamento da fibromialgia tem por objetivo aumentar a analgesia central e periférica, melhorar os distúrbios do sono, minimizar os distúrbios de humor e assim melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados. O tratamento divide-se em farmacológico (com medicamentos) e não farmacológico.

O tratamento farmacológico, quando utilizado isoladamente, não apresenta bons resultados. Os antiinflamatórios quando utilizados isoladamente apresentam baixa eficácia. Diversas medicações que atuam no Sistema Nervoso Central, especialmente os antidepressivos tricíclicos apresentam resultados satisfatórios. O tratamento não farmacológico é obrigatório e deve-se iniciar através da educação do paciente, onde devemos frizar que a fibromialgia trata-se de uma doença real e não imaginária e que não deforma e nem aleija.

Os pacientes devem ser orientados a realizar exercícios de alongamento ou hidroterapia bem como atividades que melhorem da performance cárdio-respiratória. Temos que melhorar o condicionamento físico destes pacientes, porém de caráter lento e progressivo. Também podemos sugerir a psicoterapia, em casos de ansiedade ou depressão extremas. A acupuntura, vem sendo bastante utilizada no tratamento de síndromes dolorosas, levando a diminuição da ansiedade e da dor mostra bons resultados no tratamento da fibromialgia quando realizada por um médico que conheça com detalhas esta doença. Outras modalidades incluem técnicas de relaxamento, eletro-estimulação transcutânea e terapia cognitiva-comportamental, isoladamente ou em grupo.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico:
Há outra doença associada?
Qual a finalidade do tratamento?
O tratamento é esta receita somente ou devo repetí-la?
Há interferência com outros remédios que estou usando?
Quais os efeitos colaterias?
Problemas com obesidade?
Qual a importância de exercícios?
Que cuidados devo ter com meus hábitos diários, profissionais e de lazer?

Um comentário:

Claudia Madureira disse...

Olá Eidina,

Tudo bem contigo, tens passado?
Espero que sim.

Bom fim de semana.

Beijinho.