domingo, 29 de novembro de 2009

OBESIDADE II

Como o médico faz o diagnóstico?
A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal), recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura) (ver ítem Avaliação Corporal, nesse site). O valor assim obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e caracteriza também os riscos associados conforme apresentado a seguir:
IMC(kg/m2)- Grau de Risco - Tipo de obesidade
18 a 24,9 - Peso saudável - Ausente
25 a 29,9 - Moderado Sobrepeso - (Pré-Obesidade)
30 a 34,9 - Alto - Obesidade Grau I
35 a 39,9 - Muito Alto - Obesidade Grau II
40 ou mais - Extremo - Obesidade Grau III ("Mórbida")

Conforme pode ser observado, o peso normal, no indivíduo adulto, com mais de 20 anos de idade, varia conforme sua altura, o que faz com que possamos também estabelecer os limites inferiores e superiores de peso corporal para as diversas alturas conforme a seguinte tabela :
Altura(cm) - Peso Inferior (kg) - Peso Superior (kg)
145 - 38 - 52
150 - 41 - 56
155 - 44 - 60
160 - 47 - 64
165 - 50 - 68
170 - 53 - 72
175 - 56 - 77
180 - 59 - 81
185 - 62 - 85
190 - 65 - 91

A obesidade apresenta ainda algumas características que são importantes para a repercussão de seus riscos, dependendo do segmento corporal no qual há predominância da deposição gordurosa, sendo classificada em:
- Obesidade Difusa ou Generalizada
- Obesidade Andróide ou Troncular (ou Centrípeta), na qual o paciente apresenta uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com maior deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de doenças metabólicas e cardiovasculares (Síndrome Plurimetabólica)
- Obesidade Ginecóide, na qual a deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e varizes.

Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril, que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher. A simples medida da circunferência abdominal também já é considerado um indicador do risco de complicações da obesidade, sendo definida de acordo com o sexo do paciente:
Risco Aumentado - Risco Muito Aumentado
Homem 94 cm - 102 cm
Mulher 80 cm - 88 cm

A gordura corporal pode ser estimada também a partir da medida de pregas cutâneas, principalmente ao nível do cotovelo, ou a partir de equipamentos como a Bioimpedância, a Tomografia Computadorizada, o Ultrassom e a Ressonância Magnética. Essas técnicas são úteis apenas em alguns casos, nos quais se pretende determinar com mais detalhe a constituição corporal.

Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do paciente. (Continua...)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

OBESIDADE

OBESIDADE

O que é?
Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do indivíduo.

Como se desenvolve ou se adquire?
Nas diversas etapas do seu desenvolvimento, o organismo humano é o resultado de diferentes interações entre o seu patrimônio genético (herdado de seus pais e familiares), o ambiente sócioeconômico, cultural e educativo e o seu ambiente individual e familiar. Assim, uma determinada pessoa apresenta diversas características peculiares que a distinguem, especialmente em sua saúde e nutrição.

A obesidade é o resultado de diversas dessas interações, nas quais chamam a atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas. Recentemente, vem se acrescentando uma série de conhecimentos científicos referentes aos diversos mecanismos pelos quais se ganha peso, demonstrando cada vez mais que essa situação se associa, na maioria das vezes, com diversos fatores.

Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está sempre associado a um aumento da ingesta alimentar e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingesta. O aumento da ingesta pode ser decorrente da quantidade de alimentos ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando numa ingesta calórica total aumentada. O gasto energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais.

O que se sente?
O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo quando atinge valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta importantes limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige um peso corporal até menor do que o aceitável como normal.

Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando a longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela.

A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser:
- Doenças Distúrbios
- Hipertensão arterial Distúrbios lipídicos
- Doenças cardiovasculares Hipercolesterolemia
- Doenças cérebro-vasculares Diminuição de HDL ("colesterol bom")
- Diabetes Mellitus tipo II Aumento da insulina
- Câncer Intolerância à glicose
- Osteoartrite Distúrbios menstruais/Infertilidade
- Coledocolitíase Apnéia do sono

Assim, pacientes obesos apresentam severo risco para uma série de doenças e distúrbios, o que faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua expectativa de vida, principalmente quando são portadores de obesidade mórbida (ver a seguir). (Continua...)

sábado, 21 de novembro de 2009

HIPERTENSAO ARTERIAL

HIPERTENSÃO ARTERIAL
PREVENÇÃO E TRATAMENTO


A hipertensão arterial é um dos problemas médicos mais comuns da população mundial. É muito sério, porque é silencioso e só reconhecido pelas lesões dos órgãos atingidos. É uma doença vascular de todo o organismo e deixa "marcas" nos órgãos atingidos: coração, cérebro, rins, vasos e visão.

Há duas formas de tratamento: sem e com medicamentos.

O tratamento sem medicamentos tem como objetivo auxiliar na diminuição da pressão, e se possível evitar as complicações e os riscos por meio de modificações nas atitudes e formas de viver, são elas:
1. Reduzir o peso corporal através de dieta calórica controlada: substituir as gorduras animais por óleos vegetais, diminuir os açúcares e aumentar a ingestão de fibras
2. Reduzir o sal de cozinha, embutidos, enlatados, conservas, bacalhau, charque e queijos salgados
3. Reduzir o consumo de álcool
4. Exercitar-se regularmente 30-45 minutos, de três a cinco vezes por semana
5. Abandonar o tabagismo
6. Controlar as alterações das gorduras sangüíneas (dislipemias), evitando os alimentos que aumentam os triglicerídeos como os açúcares, mel, melado, rapadura, álcool e os ricos em colesterol ou gorduras saturadas: banha, torresmo, leite integral, manteiga, creme de leite, lingüiça, salame, presunto, frituras, frutos do mar, miúdos, pele de frango, dobradinha, mocotó, gema de ovo, carne gorda, azeite de dendê, castanha, amendoins, chocolate e sorvetes
7. Controlar o estresse
8. Reduzir o sal é muito importante para os hipertensos da raça negra, pois neles a hipertensão arterial é mais severa e provoca mais acidentes cardiovasculares, necessitando controles médicos constantes e periódicos
9. Evitar drogas que elevam a pressão arterial: anticoncepcionais, antiinflamatórios, moderadores de apetite, descongestionantes nasais, antidepressivos, corticóides, derivados da ergotamina, estimulantes (anfetaminas), cafeína, cocaína e outros.

O tratamento medicamentoso visa reduzir as doenças cardiovasculares e a mortalidade dos pacientes hipertensos. Até o momento, a redução das doenças e da mortalidade em pacientes com hipertensão leve e moderada foi demonstrada de forma convincente com o uso de medicamentos rotineiros do mercado. Na hipertensão severa e/ou maligna, as dificuldades terapêuticas são bem maiores. A escolha correta do medicamento para tratar a hipertensão é uma tarefa do médico.

Na hipertensão arterial primária ou essencial, o tratamento é inespecífico e requer atenções especiais por parte do médico. A hipertensão secundária tem tratamento específico, por exemplo, cirurgia nos tumores da glândula supra-renal ou medicamentos no tratamento do hipertireoidismo.

O tratamento medicamentoso deve observar os seguintes princípios:
1. O medicamento deve ser eficaz por via oral e bem tolerado
2. Deve permitir o menor número de tomadas diárias
3. O tratamento deve ser iniciado com as doses menores possíveis e se necessário aumentado gradativamente ou associado a outros, com o mínimo de complicações
4. O medicamento deve ter custo compatível com as condições socioeconômicas do paciente para permitir a continuidade do tratamento
5. O mais sério problema no tratamento medicamentoso da hipertensão arterial é que ele pode ser necessário por toda a vida. Aí então o convencimento da necessidade do tratamento é muito importante para que o paciente tenha uma aderência permanente
6. Os controles médicos devem ser periódicos para o acerto das dosagens medicamentosas e acompanhamento da evolução da doença cardiovascular

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

VITILIGO

VITILIGO

O que é?
É uma doença caracterizada pela despigmentação da pele, formando manchas acrômicas de bordas bem delimitadas e crescimento centrífugo. Também é possível que haja despigmentação do cabelo. É freqüente em 1% da população e, em 30% dos casos, há ocorrência familiar. O diagnóstico em doentes com patologias oculares é significantemente maior que na população em geral. Eventualmente, o vitiligo surge após traumas ou queimaduras solares.

Como se adquire?
A causa não está esclarecida, mas há três teorias para explicar a destruição dos melanócitos:
1- Teoria Imunológica:

Admite que o vitiligo é uma doença auto-imune pela formação de anticorpos antimelanócitos. É associada a doenças imunológicas, tais como diabetes, anemia perniciosa, lúpus, esclerose, síndrome de Down, tireoidite de Hashimoto, entre outras.

2- Teoria Cititóxica:

É possível que os metabólitos intermediários - dopaquinona e indóis - formados durante a síntese da melanina, possam destruir as células melanocíticas.

3- Teoria Neural:

Um mediador neuroquímico causaria destruição de melanócitos ou inibiria a produção de melanina..

O que se sente?
Não há descrição de sintomas. A maioria dos pacientes procura o médico pelo transtorno estético que a doença ocasiona, embora há quem consulte em virtude das queimaduras solares nas áreas manifestadas.

No início surgem manchas hipocrômicas, depois acrômicas de limites nítidos, geralmente com bordas hiperpigmentadas, com forma e extensão variáveis. Há tendência à distribuição simétrica. As áreas mais comumente afetadas são: punhos, dorso das mãos, dedos, axilas, pescoço, genitália, ao redor da boca, olhos, cotovelos, joelhos, virilha e antebraços. É raro acometer nas palmas das mãos e plantas dos pés.

O vitiligo comumente trás disfunção emocional, tornando necessário o tratamento psicológico.

Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico, em geral, não apresenta dificuldades. O exame do paciente com lâmpada de Wood pode ser de grande utilidade para detectar manchas iniciais. A biopsia (exame de pele) dificilmente é necessária para o diagnóstico diferencial.

A evolução do vitiligo é imprevisível, não havendo critério clínico ou laboratorial que oriente a prognose. A repigmentação espontânea não é rara.

Como se trata?
Para o vitiligo universal, com poucas áreas de pele normal (superior a 50% da superfície cutânea), pode ser proposta a despigmentação das áreas restantes de pele normal. Para pacientes com lesões pequenas, em número reduzido e nas fases iniciais da doença, pode ser proposto tratamento tópico. Nas crianças o resultado costuma ser favorável.

Em áreas crômicas localizadas, estando o quadro evolutivo estacionado, têm sido feito minienxertos com resultados estéticos relativamente satisfatórios. A ingestão de alimentos com carotenos ou administração de betacarotenos origina uma cor amarelada na pele, que tem alguma ação protetora e efeito cosmético.

O uso de filtro solar adequado na pele despigmentada é fundamental para proteger de queimaduras e do dano solar a longo prazo. As lesões de vitiligo queimam-se facilmente e as margens pigmentam-se, tornando maior o contraste. Além disso, a queimadura solar pode aumentar ou desencadear novas lesões.

Outro método terapêutico eficaz no vitiligo é a fotoquimioterapia, que é o emprego sistêmico ou tópico de substâncias fotossensibilizantes, seguidas da exposição à radiação ultravioleta. A modalidade mais conhecida e estudada é o método PUVA (P= psoraleno, substância química fotossensibilizante, e UVA = ultravioleta).

Como se previne?
Não existe método de prevenção para a doença ou para sua progressão.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

PÚRPURA

PÚRPURA

Sinônimos e nomes populares: Equimoses, manchas roxas, hemorragias de pele, hematomas, roxos.

O que é?
É a presença de sangue fora dos vasos sangüíneos na pele ou nas mucosas. Como a camada cutânea é levemente transparente, este sangue é então visto como uma mancha roxa. Seu tamanho é variável, conforme o volume de sangue extravasado. Se a quantidade de sangue é muito pequena, mas as pequeninas manchas são em grande número costuma-se chamá-las de petéquias, guardando o nome de púrpura para as manchas maiores.

Como se adquire?
A púrpura é provocada pela ruptura de pequeníssimos vasos do sistema circulatório, chamados de capilares por analogia a fios de cabelo, por onde flui o sangue. Essa ruptura é geralmente ocasionada por traumatismo na pele ou nas mucosas. Em mulheres e crianças é freqüente o aparecimento de púrpura nas pernas e coxas com traumatismo mínimo ou mesmo sem traumatismo, de um tamanho de até cinco centímetros de diâmetro, em pessoas normais. Pode também ocorrer quando o traumatismo é ocasionado por uma injeção intramuscular ou na coleta e sangue para exames.

O que se sente?
Na maioria das vezes, essas manchas são indolores quando pequenas. Quando maiores, indicando que a quantidade de sangue extravasado dos capilares ou pequenas veias é maior, podem ser dolorosas.

Como o médico faz o diagnóstico?
O médico procura investigar se esta manifestação de hemorragia é única ou se existem outros tipos de sangramentos na pessoa. Em geral, a manifestação hemorrágica é limitada à púrpura e o médico tentará investigar a causa em 2 fatores principais: no próprio capilar ou num elemento fundamental da hemostasia (nome dado à capacidade do nosso organismo em estancar sangramento) que são as plaquetas. As plaquetas são fragmentos microscópicos do citoplasma de um determinado tipo de célula encontrado na medula óssea(megacariócitos). As plaquetas tem a capacidade de se agregar e aderir a mínimas lesões dos vasos e fechar com extrema rapidez pequenos "vazamentos" no sistema circulatório.

Quando estas plaquetas estão em número muito reduzido, mínimas rupturas dos capilares provocam hemorragia localizada e o aparecimento de petéquias ou púrpura.

Em algumas situações, mesmo com número de plaquetas normais, o distúrbio pode ser causado por um defeito na sua função.

As plaquetas são avaliadas através de sua contagem numa amostra de sangue ou ainda através de testes que estudam sua função.

Caso seja encontrada uma deficiência quantitativa ou qualitativa nas plaquetas, numa segunda etapa da investigação, o médico irá procurar a causa da diminuição do número ou da deficiência funcional.

O número das plaquetas pode estar diminuído por doenças próprias do tecido formador das plaquetas na medula óssea ou porque esse tecido foi destruído com quimioterapia ou radioterapia. Em outras situações, a formação das plaquetas é adequada e a sua diminuição é decorrente de uma destruição acelerada.

Os defeitos de função das plaquetas podem ter causas genéticas ou adquiridas. Entre as causas adquiridas incluem-se doenças como a insuficiência renal crônica ou medicamentos (os mais conhecidos, são os efeitos da aspirina e antiinflamatórios, sobre a função plaquetária).

Quando as plaquetas estiverem normais, a causa da púrpura deverá estar no próprio capilar, numa condição genericamente denominada de "fragilidade capilar". As causas dessa fragilidade vão desde doenças genéticas, passam por deficiência de vitamina C, podem ter causas alérgicas,hormonais, deficiência na estrutura da pele pelo envelhecimento natural (púrpura senil) ou não tem uma causa determinável.

Caberá ao médico, analisando o conjunto de dados do paciente, achar a causa da púrpura.

Como se trata?
Não há um tratamento único. Estará sempre ligada a causa que originou esta manifestação. Alguns cremes e pomadas, quando friccionados sobre as lesões, facilitam a reabsorção do sangue extravasado, encurtando o tempo de evolução das manchas. Estas passam por várias tonalidades de cor, do roxo ao marrom e amarelado antes de desaparecerem.

Como se previne?
Quando há uma causa identificada, um maior cuidado com traumatismos no dia a dia auxilia a atenuar esta manifestação.

Nos casos em que uma causa não pode ser identificada é importante que o paciente esteja consciente de que, apesar dos transtornos estéticos que a púrpura pode acarretar, essa não é uma manifestação de doença grave.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ROSÁCEA

ROSÁCEA

Sinônimos e Nomes populares acne rosácea

O que é?
É uma doença vascular inflamatória crônica, caracteriza-se por eritema, telangiectasias (vasos finos avermelhados), edema e pápulas, que podem ser acompanhados por pústulas e nódulos. Ocorre principalmente em adultos entre 30 e 50 anos de idade. É mais freqüente em mulheres e, em geral, o quadro é mais extenso e moderado. Formas mais localizadas e graves são encontradas mais comumente nos homens. Raramente é observado o diagnóstico em negros.

Como se desenvolve?
A origem da rosácea ainda não é conhecida. Vários fatores têm sido apontados, tais como:
- Predisposição constitucional
- Doença gastrointestinal
- Hipertensão
- Fatores psicogênicos
- Seborréia
- A presença de agentes infecciosos

Há também alguns agravantes da rosácea:
- Bebidas quentes
- Álcool
- Luz ultravioleta
- Vento
- Frio
- Medicamentos vasodilatadores
- Fatores emocionais

Estudos mostram que peles mais claras têm maior incidência, assim, a genética parece desempenhar um papel importante.

O que se sente?
A rosácea é uma doença que afeta a pele centrofacial. Na fase pré-rosácea, há eritema discreto na face, que se agrava com surtos de duração variável, surgindo espontaneamente ou pela ação de fatores como luz solar, calor, frio, vento, álcool e alimentos quentes. Dentro de meses ou anos, este eritema episódico pode tornar-se permanente, com formação de telangiectasias.

Menos freqüentemente, somente telangiectasias podem estar presentes. É comum o aspecto seborréico da pele. Em muitos pacientes, pápulas e mais raramente pústulas (acne rosácea) podem provocar confusão com acne vulgar, todavia, estão ausentes os comedões (cravos) e as cicatrizes.

Nódulos são dificilmente observados. As pápulas podem, eventualmente, quando numerosas, formar placas granulomatosas (rosácea lupóide). Em alguns pacientes, principalmente homens, a longa duração da rosácea pode evoluir para rinofima, que corresponde ao espessamento irregular e lobulado da pele do nariz e dilatação folicular. Embora o nariz seja o local mais comum, também pode ocorrer na região frontal, malares (maçãs do rosto) e pavilhões auriculares.

Como se faz o diagnóstico?
A presença de eritema e telangiectasias na região central da face, acompanhada de pápulas e pústulas geralmente não oferece dificuldade no diagnóstico da rosácea.

A avaliação laboratorial no sangue periférico não proporciona subsídio no diagnóstico da doença. Eventualmente a biópsia (exame de pele) pode ser necessária para descartar outra patologia com quadro clínico semelhante, através do exame histopatológico, que pode ser realizado em casos duvidosos.

Como se trata?
Não há tratamento curativo para a rosácea. O programa terapêutico empregado varia com o estágio e a gravidade da doença. Todos os agravantes ou desencadeantes devem ser afastados, como bebidas alcoólicas, exposição solar, vento, frio e ingestão de alimentos quentes.

A pele do paciente com rosácea é extremamente sensível a produtos químicos e físicos como sabões, higienizadores alcoólicos, adstringentes, abrasivos e peelings. Os agentes antimicrobianos apresentam-se efetivos no tratamento.

Como a radiação ultravioleta é um desencadeante importante, é fundamental enfatizar o uso de filtros solares cotidianamente no rosto, escolhendo o produto mais adequado para cada tipo de pele.

Como se previne?
É possível reduzir os surtos através do monitoramento de fatores desencadeantes, já que a causa da rosácea permanece desconhecida. Não há uma dieta específica para rosácea. Cremes com fins cosméticos e fotoprotetores são indicados.

sábado, 14 de novembro de 2009

FIBROSE CÍSTICA

FIBROSE CÍSTICA

Sinônimos: Mucoviscidose.

O que é?
É uma doença herdada geneticamente. Na maioria das vezes, é diagnosticada na infância, embora também possa ser diagnosticada na adolescência ou na vida adulta.

As pessoas com fibrose cística tem um funcionamento anormal das glândulas que produzem o muco, suor, saliva, lágrima e suco digestivo.

O pâncreas - um órgão localizado no abdome que tem como função auxiliar na digestão dos alimentos e produzir hormônios - está afetado em quase todos casos de fibrose cística. As enzimas digestivas do pâncreas estão alteradas e podem dificultar a digestão dos alimentos. Até 10-20% dos recém-nascidos com fibrose cística podem ter uma obstrução no intestino por causa da insuficiência no funcionamento das enzimas do pâncreas. Este problema é chamado de íleo meconial, e a criança não consegue evacuar. A cirurgia é quase sempre necessária nesta situação.

O que se sente?
Na fibrose cística, as enzimas do pâncreas, que deveriam ajudar a digerir alimentos gordurosos, não são liberadas para dentro do intestino. Com isso, os alimentos (principalmente os gordurosos) são mal digeridos e as fezes podem ficar volumosas, espessas, fétidas e gordurosas. Além do problema pancreático, há o problema respiratório devido à obstrução das passagens de ar do pulmão pelo acúmulo de muco espesso e pegajoso.

Então, as pessoas com esta doença podem ter esses sintomas respiratórios:
- Tosse
- Expectoração excessiva de muco (catarro)
- Respiração difícil
- Chiado no peito (sibilância)

Como o médico faz o diagnóstico?
A fibrose cística é diagnosticada pelo médico quando a pessoa apresenta doença respiratória persistente ou evidência de insuficiência do pâncreas ou ambas, ou história familiar de fibrose cística em irmão ou primo de primeiro grau, além da concentração de cloro no sangue acima do normal. O médico, ao suspeitar de fibrose cística, solicita o teste do cloreto no suor. Em alguns casos, a análise genética poderá ser feita para o diagnóstico.

Como se trata?
O tratamento é voltado para a solução dos sintomas e das deficiências causadas pela doença.
O uso de enzimas pancreáticas e modificações na dieta auxiliam na digestão.
Em relação a parte respiratória, antibióticos são usados quando ocorrem as infecções respiratórias - que são freqüentes e caracterizam a doença. O achado de uma bactéria na secreção respiratória (secreção nasal ou escarro) chamada pseudomonas aeruginosa é freqüente e as infecções causadas por esta devem ser tratadas com antibióticos específicos para o seu combate.
Os broncodilatadores também podem diminuir a falta de ar em algumas pessoas com fibrose cística.

Medicações que deixam as secreções mais finas e outros mucolíticos, que ajudam na retirada do muco excessivo para fora dos pulmões, também podem auxiliar nesta doença.

A fisioterapia respiratória e a drenagem postural também são importantes, pois facilitam a saída do excesso de muco das vias respiratórias. Na drenagem postural, a pessoa fica deitada inclinada, com a barriga para baixo, os pés elevados e a cabeça e os braços para baixo, de maneira que a secreção dos pulmões possa descer até a boca e ser expelida. Esta higiene das vias respiratórias melhora os sintomas da doença e faz com que as infecções respiratórias não sejam tão freqüentes. Em alguns casos, o oxigênio domiciliar pode ser necessário para a melhora da falta de ar.

Como se previne?
Testes genéticos podem ajudar na prevenção, já que até 80% das pessoas com gene anormal poderão ser identificadas. Isto poderá auxiliar nas decisões em relação ao planejamento familiar. Estes testes genéticos também podem ser realizados em fetos.

Os indivíduos doentes deverão ser vacinados contra a gripe anualmente e contra o pneumococo (bactéria freqüente em infecções respiratórias) cada 5 anos, conforme orientação de seu médico para tentar reduzir a freqüência das complicações respiratórias da doença.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

HIPERTENSÃO PULMONAR

Costumo dizer que o lúpus, (LES) é a Doença Principal e todas as outras que "vieram" atraves do LES, eu as chamo de Doença Acessória. A Hipertensao Pulmonar ou Hipertensao Arterial Pulmonar, como todos os outros sintomas que envolvem os pulmões, nao devem ser deixados para amanha, amanha pode ser tarde, procure o seu medico, procure ajuda, o seu Reumatologista (lúpus é uma doença reumática) é seu melhor amigo

HIPERTENSÃO PULMONAR PRIMÁRIA

O que é?
Ocorre quando há uma pressão sangüínea anormalmente elevada nas artérias que levam o sangue do coração para os pulmões.

Essa pressão não é a mesma que é medida no consultório médico.

Quando a causa deste distúrbio é o enfisema pulmonar ou uma doença do coração presente desde o nascimento, por exemplo, chamamos isto de hipertensão pulmonar secundária.

Se nenhuma causa para isso é encontrada, chamamos de hipertensão pulmonar primária. A hipertensão pulmonar primária é uma doença rara que ocorre mais freqüentemente em adultos jovens, com uma discreta predominância no sexo feminino.

Como se desenvolve?
A pressão sangüínea nas artérias pulmonares pode estar elevada por muitas razões.

Em algumas situações, nenhuma causa para tal aumento é encontrada. Quando isto ocorre, chamamos tal acontecimento de Hipertensão Pulmonar Primária. Nesta doença, normalmente, o que ocorre é uma alteração na parte interna dos vasos sangüíneos, que dificulta a passagem do sangue e faz com que o coração tenha mais trabalho para levar este até os pulmões.

Com isso, a pressão nos vasos pulmonares torna-se elevada.

A causa destas alterações nestes vasos sangüíneos é desconhecida.

Quais são os sinais e sintomas?
- Encurtamento gradual da respiração que pode piorar com exercícios.
- Dor ou desconforto torácico.
- Fadiga.
- Inchaço nas pernas.
- Tosse persistente.
- Palpitações (sensação do batimento forte ou anormal do coração).
- Cianose (tom azulado da pele, principalmente nas mãos, pés e face).
- Tontura
- Desmaio (síncope).

Como o médico faz o diagnóstico?
Normalmente, a primeira pista para o diagnóstico desta doença é uma radiografia do tórax ou um eletrocardiograma que sugira uma hipertrofia do ventrículo direito (aumento do músculo do coração que bombeia o sangue para os pulmões).

Mais comumente a pessoa, no início, se queixa de cansaço fácil e desconforto torácico.

Através destas alterações narradas pelo paciente e do exame físico alterado, poderá o médico suspeitar da doença, devendo solicitar exames complementares.

A determinação direta da pressão circulatória pulmonar quando se coloca um cateter (tubo que entra por um vaso sangüíneo, passa pelo coração e chega até os pulmões) no coração continua sendo o padrão-ouro, ou seja, o melhor exame para confirmar a doença.

A ecocardiografia (uma ecografia do coração) pode sugerir a doença e é útil no acompanhamento e na determinação da resposta deste ao tratamento.

Como se trata?
A única cura para a hipertensão pulmonar primária é o transplante pulmonar para ambos os pulmões, sendo, às vezes, também necessário o transplante de coração.

Medicamentos podem ser utilizados para a melhora dos sintomas e prolongamento da vida, mas não curam a doença. Devemos lembrar que os transplantes são cirurgias grandes e envolvem riscos significativos, como sangramento, infecções, e, até mesmo, o óbito do paciente.

Além disso, o fenômeno de rejeição ao órgão transplantado é elevado, podendo chegar até 50% dos pacientes dentro de dois a três anos após o transplante.

Após a realização do transplante, o uso de medicações para prevenir a rejeição é obrigatório por toda a vida, o que pode ocasionar diversos efeitos colaterais.

Para o alívio dos sintomas, o oxigênio suplementar é a medida mais importante e quase sempre faz parte do arsenal do tratamento.

Além disso, os vasodilatadores - medicações que dilatam os vasos para facilitar a passagem do sangue - podem, em um terço dos casos, auxiliar no tratamento.

Várias medicações estão em fase de teste para ver se podem ajudar no tratamento e há outras já em uso na hipertensão pulmonar.

Os anticoagulantes (medicações que combatem a coagulação do sangue) também têm sido empregados no tratamento, visto que eles parecem prolongar a vida dos pacientes. Além disso, eles evitam os casos de trombose nestes vasos pulmonares alterados.

A hipertensão pulmonar primária é uma doença com mau prognóstico.

Como se previne?
Não existem maneiras de prevenir esta doença.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

ESCLEROSE MÚLTIPLA

ESCLEROSE MÚLTIPLA
Sinônimos: Esclerose em placas, esclerose disseminada.

O que é?
É uma doença do Sistema Nervoso Central, lentamente progressiva, que se caracteriza por placas disseminadas de desmielinização (perda da substância - mielina - que envolve os nervos) no crânio e medula espinhal , dando lugar a sintomas e sinais neurológicos sumamente variados e múltiplos, às vezes com remissões, outras com exacerbações, tornando o diagnóstico, o prognóstico e a eficiência dos medicamentos discutíveis.

O que causa?
Não existem causas conhecidas para a esclerose múltipla, entretanto estudam-se causas do tipo anomalias imunológicas, infecção produzida por um vírus latente ou lento e mielinólise por enzimas.

Observações de casos familiares sugerem suscetibilidade genética e as mulheres são um pouco mais afetadas do que os homens.

Podemos dizer que atualmente há maior número de casos do que nos anos 50, e que as manifestações surgem entre os 20 e os 40 anos de idade, sendo que essa enfermidade teria menor prevalência e incidência na América Latina, principalmente no Brasil, pois é mais comum em climas temperados do que em climas tropicais.

O que se sente?
Os pacientes referem problemas visuais, distúrbios da linguagem, da marcha, do equilíbrio, da força, fraqueza transitória no início da doença, em uma ou mais extremidades, dormências, com períodos às vezes de melhoras e pioras, sendo que quando predomina na medula, as manifestações motoras, sensitivas e esfincterianas se encontram geralmente presentes, existindo raramente dor.

A evolução é imprevisível e muito variada. No início podem haver períodos longos de meses ou anos entre um episódio ou outro, mas os intervalos tendem a diminuir e eventualmente ocorre a incapacitação progressiva e permanente. Alguns pacientes se tornam rapidamente incapacitados. Quando a doença se apresenta na meia-idade a progressão é rápida e sem melhoras e às vezes fatal em apenas um ano.

Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico possível e provável dependerá da experiência do neurologista que, auxiliado por exames para-clínicos pertinentes, tais como: Ressonância Magnética, líquido cefalorraquidiano, potenciais evocados e outros, chegará ao diagnóstico definitivo, sem praticamente precisar do exame anátomo-patológico.

Qual é o tratamento?
Quanto ao tratamento, além dos cuidados gerais, recomenda-se fisioterapia e psicoterapia. Usam-se antivirais como Amantadina, Aciclovir, Interferon, Imunossupressores, ACTH, Corticóides que, se não curam, poderão melhorar às vezes sensivelmente a sintomatologia, sobretudo Pulsoterapia corticóide, acompanhado ocasionalmente por plasmaferese, são algumas armas utilizadas com o intuito de combater a doença, porém devemos reconhecer que são sumamente dispendiosos e com resultados discutíveis. Inobstante poder combater os sintomas como a espasticidade (droga antiespástica), toxinas botulínica, betabloqueadores e as dores raras do Trigêmeo (carbamazepina e clonazepam), inequívocamente auxiliam a vida dos pacientes, que apresentam sempre um sinal de interrogação no seu prognóstico.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

MONONUCLEOSE INFECCIOSA ou Doença do Beijo

MONONUCLEOSE INFECCIOSA

Sinônimos: Angina monocítica, doença do beijo

O que é?
É uma síndrome clínica caracterizada por mal-estar, dor-de-cabeça, febre, dor-de-garganta, aumento de gânglios ou ínguas localizadas no pescoço ou generalizadas e inflamação do fígado (hepatite) leve e transitória. Na maior parte das vezes (79% dos casos) tem como agente causal o vírus chamado Epstein-Barr (EBV), mas pode também ser causada pelo Cytomegalovirus (CMV) em aproximadamente 21% dos casos. Acomete mais freqüentemente adolescentes e adultos jovens, mas pode acometer mais velhos e crianças pré-adolescentes. Pela freqüência e por tradição aqui trataremos apenas da infecção pelo vírus Epstein-Barr deixando a infecção pelo Cytomegalovirus para outro capítulo.

A doença passou a ter maior relevância em função de diversos tumores envolvendo um tipo de glóbulo branco, os linfócitos do tipo B, que é a célula que abriga o vírus quando da infecção, apresentarem no código genético de suas células o mesmo código do vírus o que levantou a suspeita , hoje confirmada, de que estas infecções contribuiriam com a causa destes tumores. Isto passou a ter relevância maior ainda no novo cenário de crescentes populações de “imunosuprimidos” (pessoas cujas defesas imunológicas estão diminuídas), seja em decorrência de infecção (SIDA ou AIDS) seja por tratamento anti-rejeição , no caso dos transplantados ou como decorrência de tratamento contra o câncer.

Como se adquire?
Normal e mais freqüentemente a infecção é adquirida pelo contato de saliva contaminada pelo vírus com a mucosa da boca e da garganta de pessoa que não teve contato anterior com este germe. Pode-se adquirir também, embora que raramente por transfusão de sangue ou outros órgãos e contato sexual. Por ser vírus pouco resistente necessita do contato direto da saliva contaminada com a mucosa. Esta característica junto com a faixa etária de acometimento mais freqüente é a razão pela qual mereceu o apelido de doença do beijo.

O que se sente?
A tríade clássica se constitui de dor-de-garganta, febre e ínguas pelo corpo (linfoadenomegalias em linguagem médica) principalmente no pescoço, mas outros sintomas como mal-estar, dor-de-cabeça, falta de apetite, dores musculares, calafrios, náuseas, desconforto abdominal, tosse, vômitos e dores articulares também podem estar presentes nesta ordem de freqüência. Após o contato a doença leva em média 2 a 3 semanas para manifestar-se (período de incubação), sendo que as manifestações mais freqüentes são a dor de garganta e a febre que tem um padrão diário, vespertino e pode chegar até 40° C. Em 5% dos casos ocorre “rash”, manchas na pele parecido com urticária, uma manifestação comum a outras doenças infecciosas que os médicos denominam de viroses exantemáticas (rubéola, sarampo, etc). Estes sintomas, na maioria dos casos, levam de um a quatro meses para resolverem-se. A população que não adolescente e adulto jovem possui menor possibilidade de desenvolver o quadro clínico completo, muitos casos passando desapercebido, são chamados assintomáticos. Outro achado relevante é o aumento do fígado (10 a 15% dos casos) e baço (50% dos casos). Este último achado surge no início da segunda semana das manifestações clínicas e dura de 7 a 10 dias sendo fator potencial de complicações pois o mesmo torna-se muito frágil podendo romper-se a traumas pequenos, causando uma hemorragia interna com risco de vida.

Como se faz o diagnóstico?
Pelos sintomas e achados que o médico faz durante o exame clínico além de dados que ele levanta durante a entrevista ao paciente. O diagnóstico com precisão é feito através de exames de sangue em que detecta-se a presença de anticorpos no sangue da pessoa doente.

Como se trata?
Como a maioria das doenças causadas por vírus não há tratamento disponível nem mesmo é necessário uma vez que na maior parte das vezes ela é autolimitada. Utiliza-se medicamentos para os sintomas como analgésicos, antitérmicos e se necessário medicamentos contra o enjôo. Recomenda-se para aqueles que apresentam baço aumentado que não pratiquem esportes ou atividades que representem risco de ruptura do mesmo.

Como se previne?
A doença confere imunidade permanente, muito raramente pode apresentar manifestações em uma segunda infecção. Não há necessidade de isolamento dos doentes uma vez que a infecção ocorre apenas com contato muito próximo ou íntimo. Embora a vacinação tenha uma abrangência que vai além da infecção, pois poderia em tese prevenir inclusive alguns tumores de linfócitos (os linfomas), ainda não existe este recurso com a eficiência e segurança recomendável.

sábado, 7 de novembro de 2009

PNEUMOTÓRAX

Estou abordando este assunto, por tratar-se de um dos sintomas que tive um pouco antes do doagnostico de LES. Fiz tratamento com um pneumologista e quando da acasiao da internação, depois do diagnostico de LES, eu estava com pleurite, apenas. Qualquer problema que tenhamos nos pulmoes, ou nas vias respiratorias de um modo geral, nos é muito dolorido e doloroso, pois quando se sente dor para rspirar, as coisas nao sao faceis.

PNEUMOTÓRAX

O que é?
É o acúmulo anormal de ar entre o pulmão e uma membrana (pleura) que reveste internamente a parede do tórax. Este espaço, que normalmente é virtual, se chama espaço pleural.

O que acontece?
O ar, ao entrar entre o pulmão e a parede torácica, pode comprimir o pulmão e causar dificuldade para respirar. Além disso, quando o pneumotórax é grande, ele pode fazer com que o coração se desloque, levando a alterações nos batimentos do coração e, até, à morte.

O que se sente?
Dor torácica – referida em 90% dos casos;
Tosse – ocorre em 10% dos pacientes;
Encurtamento da respiração (falta de ar) – ocorre em 80% dos indivíduos;
Agitação.
Cansaço fácil;
Aceleração dos batimentos cardíacos pode ocorrer;
Coloração azulada da pele (cianose) devido à falta de ar;

De uma maneira geral, os sinais e sintomas supracitados variam conforme a magnitude do pneumotórax, ou seja, depende do volume de ar acumulado no espaço pleural. A presença de doença pulmonar prévia – bronquite crônica, por exemplo – também influi bastante.

A dor é aguda, tipo pontada, persistente, no lado afetado do tórax. Já a tosse é seca e irritativa, podendo piorar a falta de ar.

Qual a classificação do pneumotórax quanto a sua causa?
- Pode ser classificado como: espontâneo, traumático ou iatrogênico.

- O pneumotórax espontâneo pode ser dividido em primário ou secundário, sendo:

. primário - aquele onde não se identifica uma doença pulmonar concomitante;
. secundário – quando existe uma doença pulmonar associada, como o enfisema pulmonar, por exemplo.

O pneumotórax traumático é aquele que resulta de um traumatismo na região do tórax – ferimentos por faca, punhal, tiro de arma de fogo, pancadas por atropelamentos ou outros.

O pneumotórax iatrogênico acontece como resultado de algum procedimento médico, que tinha o intuito de auxiliar no diagnóstico ou no tratamento do paciente. Um pneumotórax iatrogênico pode ocorrer após a tentativa de se acessar uma veia do tórax ou do pescoço, por exemplo.

Além disso, pode-se classificar o pneumotórax como aberto ou fechado quando existir ou não comunicação do espaço pleural com o ambiente.

Quanto a sua magnitude, ele pode ser classificado como grande – distância entre o pulmão e a parede torácica maior que 3 centímetros – ou pequeno quando esta distância for menor que 3 centímetros.

Quais as causas?
Existem várias causas para o surgimento do pneumotórax. Dentre as mais importantes, estão:
. Doenças pulmonares obstrutivas como a asma, enfisema pulmonar e bronquite crônica.
. Traumas torácicos em acidente por arma de fogo (tiro) ou acidente por arma branca (facada), causando o pneumotórax traumático. Outros objetos também podem perfurar o tórax, levando ao mesmo resultado.
. Aqueles que aparecem após procedimentos cirúrgicos ou outros procedimentos médicos (muitas vezes buscando o diagnóstico de doenças ou tentando amenizar sofrimento causado por estas), como a respiração artificial, por exemplo, utilizada em Unidade de Tratamento Intensivo nos pacientes com sofrimento respiratório, que pode levar ao chamado pneumotórax iatrogênico. Contudo, o pneumotórax iatrogênico não é freqüente.
. Infecções graves do pulmão como pneumonias ou tuberculose.
. Tumores.

Há indivíduos em que o pneumotórax surge pela existência de uma bolha de ar no pulmão, formada durante o desenvolvimento pulmonar, que, ao se romper, causa o problema. Este é chamado de pneumotórax espontâneo primário.

De forma semelhante, alguns tabagistas, ao longo de vários anos fumando, formam bolhas de ar (bolhas de enfisema), que podem romper, levando ao pneumotórax espontâneo secundário.

Como o médico faz o diagnóstico?
Baseado no exame físico e na conversa com o paciente, o médico poderá fazer o diagnóstico. Mas, a radiografia do tórax é que confirmará a situação. Esta radiografia mostrará a coleção anormal de ar entre o pulmão e a parede do tórax. Para obter mais dados, o médico poderá solicitar uma tomografia computadorizada do tórax. Pode ser muito útil nos casos de pneumotórax espontâneo.

Como se trata?
A meta do tratamento é remover o ar do espaço pleural e prevenir sua recorrência.

O tratamento será definido baseando-se no tamanho do pneumotórax (visto na radiografia), na causa deste e na gravidade dos sintomas causados por ele. Além disso, a presença ou não de doenças concorrentes no tórax também influenciará na decisão do tratamento mais adequado.

Como tratamento, o médico poderá optar pela colocação de um dreno no tórax – um tubo de látex entre as costelas fica conectado a um frasco coletor que retira o ar do local anormal. Outra alternativa seria uma cirurgia para a correção ou, simplesmente, a conduta expectante (esperar). Nesta, o médico supervisiona o seu paciente, aguardando que o ar que se encontra no lugar anormal seja reabsorvido por si.

Ainda é incerto se o uso de oxigênio suplementar deve ser usado no paciente com pneumotórax. Contudo, a reabsorção do ar do pneumotórax sem o uso de oxigênio ocorre numa taxa de 2% ao dia. Se utilizada uma suplementação no oxigênio respirado pelo paciente, esta taxa de reabsorção pode aumentar em até quatro vezes o valor normal.

Como se previne?
Evitar o tabagismo é uma maneira de prevenir os casos de pneumotórax relacionados às bolhas de enfisema e ao câncer de pulmão.

Programas para redução da violência urbana, incluindo acidentes de trânsito, também podem ajudar a diminuir os traumas de tórax e, por conseguinte, os casos de pneumotórax.

Depois do primeiro episódio de pneumotórax espontâneo, o indivíduo tem 40-50% de chances de desenvolver novo episódio. Este é mais um motivo para abandonar o fumo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

DIVERTICULITE

Gostaria de fazer um parêntese, pois o objetivo principal deste blog é informar sobre doenças reumaticas, isto nao quer dizer que eu nao possa falar sobre outros problemas, principalmente quando eu os senti e fui internada em razao disso.

DIVERTICULITE - Diverticulose do Intestino Grosso

O que é?
Diverticulose é a presença de pequenas bolsas que se projetam para fora da parede intestinal. No mundo ocidental 85% dos divertículos localizam-se no cólon sigmóide (parte final do intestino grosso, logo antes do reto). A diverticulite é a inflamação de um divertículo.
A diverticulose ocorre com freqüência semelhante em homens e mulheres, aumentando com a idade. Um terço das pessoas com mais de 50 anos e 2/3 daquelas com mais de 80 anos tem divertículos no cólon, porém a grande maioria é assintomática.

Como se desenvolve?
Apesar de não ser totalmente conhecida a origem, acredita-se que dois fatores estejam associados ao surgimento dos divertículos: o aumento da pressão no interior do intestino e um enfraquecimento de pontos da parede intestinal.

O que se sente?
Apenas uma minoria dos indivíduos tem queixas relacionadas à diverticulose. A queixa mais comum é de desconforto doloroso na região inferior esquerda do abdome com variável tempo de duração e que alivia com a eliminação de gases ou fezes. Diarréia ou constipação (intestino trancado/prisão de ventre) também podem ocorrer.

Complicações:
Diverticulite é a complicação mais comum, ocorrendo em algum momento da vida de 10-20% dos indivíduos com diverticulose. Quanto maior o tempo de evolução e quanto mais extensa a área com divertículos, maior é o risco dessa complicação. A diverticulite manifesta-se por dor forte na parte inferior esquerda do abdome, acompanhada de febre e, geralmente, constipação. Podem estar associados também náusea, vômito e diarréia com muco, pus ou sangue.
Os divertículos inflamados podem formar pus, criando um abscesso em seu interior e, por conseqüência, perfurar. Com a perfuração, o pus pode se espalhar ou não no abdome levando, respectivamente, à peritonite (inflamação de todo o abdome) ou ao abscesso localizado.

Complicações menos freqüentes são o sangramento, a formação de fístulas (comunicação anormal de um órgão com outro ou com o exterior) e a obstrução intestinal. O sangramento é mais comum em divertículos do lado direito do intestino grosso e pode ocorrer sem diverticulite. Após o primeiro sangramento a chance de outro é de 25%; após um segundo episódio, a chance de novas hemorragias chega a 50%. As fístulas decorrem da drenagem espontânea de um abscesso, o que pode ocorrer para a bexiga ou vagina, por exemplo. Obstrução do intestino grosso geralmente deve-se a sucessivas inflamações e cicatrizações de diverticulites, resultando em fibrose (cicatrização deficiente) e fixação do intestino.

Como o médico faz o diagnóstico?
Ao exame físico, o paciente com diverticulose tem uma sensibilidade aumentada ou dor à palpação na parte inferior esquerda do abdome. O Enema Opaco (Raio X do intestino grosso com colocação de contraste por via retal) é o exame que mais informações fornece quanto à localização, quantidade e extensão da doença. A retossigmoidoscopia ou colonoscopia (visualização direta do interior do intestino através de endoscópios introduzidos através do ânus) identificam os óstios (bocas) dos divertículos e servem também para diferenciar a diverticulose de outras doenças do intestino que possam causar sangramento, dor ou obstrução (câncer, pólipos, inflamação da mucosa, etc). Quando há diverticulite, pode não estar indicada a imediata realização de enema opaco ou colonoscopia. Nessa circunstância, além do exame direto do paciente pelo médico mostrar alterações evidentes, os exames de sangue podem ter sinais de infecção. Raio X abdominal sem contraste, ecografia e tomografia, podem ser úteis na fase aguda para identificar perfurações e abscessos.

Qual é o tratamento?
A maioria dos casos de diverticulose tem suas queixas melhoradas com tratamento clínico. Dietas ricas em fibras e/ ou remédios que umedecem e aumentam o volume das fezes, diminuindo o esforço para evacuar, podem aliviar sintomas, prevenir novos divertículos e, principalmente, diminuir complicações como a diverticulite. Remédios anti-espasmódicos que diminuem as contrações excessivas do intestino, podem ser usados. O estresse emocional também tem sido relacionado com aumento dos espasmos do intestino e, assim, com aumento do risco de divertículos e suas complicações.
O tratamento da diverticulite depende da gravidade do caso, variando desde repouso, dieta sem resíduos e analgésicos, até uso de antibióticos, internação hospitalar com reposição de líquidos pela veia e cirurgia. A cirurgia de urgência pode ser necessária quando há piora do estado geral, obstrução intestinal, perfuração da parede do intestino e infecção generalizada. Cirurgias eletivas (planejadas com antecedência) podem ser indicadas em jovens com a doença, já que seu risco de um novo episódio ao longo da vida é grande, em pacientes com crises freqüentes de diverticulite, naqueles com sangramento importante ou repetido, na presença de fístulas ou se há suspeita de outra doença associada (câncer, por exemplo). A cirurgia consiste basicamente na retirada da parte do intestino onde se encontram os divertículos, geralmente todo o cólon sigmóide. Algumas vezes não é possível realizar a junção das partes que restaram do intestino, sendo necessária uma colostomia com uma bolsa externa para coletar as fezes, em geral, temporária.

AutorDr. Cláudio H. Wolff Dr. Fábio Segal Dr. Fernando Wolff

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

VOLTEI!!! ESTOU EM CASA!!! VEJAM AS FOTOS DAS FERIAS NA AMAZONIA

Olá amigos e amigas, cheguei ao Rio de Janeiro, voltei... estou em casa... agora estou descansando das férias rsrs que foram sensacionais. Foi muito bom rever a terra dos meus pais, avós e bisavós. No Teatro Amazonas, fiquei tao emocionada, que nao consegui tirar nenhuma foto sorrindo. Vejam as fotos no meu orkut. Clique e divirta-se. http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=2293383739179572428&rl=t