quarta-feira, 18 de novembro de 2009

VITILIGO

VITILIGO

O que é?
É uma doença caracterizada pela despigmentação da pele, formando manchas acrômicas de bordas bem delimitadas e crescimento centrífugo. Também é possível que haja despigmentação do cabelo. É freqüente em 1% da população e, em 30% dos casos, há ocorrência familiar. O diagnóstico em doentes com patologias oculares é significantemente maior que na população em geral. Eventualmente, o vitiligo surge após traumas ou queimaduras solares.

Como se adquire?
A causa não está esclarecida, mas há três teorias para explicar a destruição dos melanócitos:
1- Teoria Imunológica:

Admite que o vitiligo é uma doença auto-imune pela formação de anticorpos antimelanócitos. É associada a doenças imunológicas, tais como diabetes, anemia perniciosa, lúpus, esclerose, síndrome de Down, tireoidite de Hashimoto, entre outras.

2- Teoria Cititóxica:

É possível que os metabólitos intermediários - dopaquinona e indóis - formados durante a síntese da melanina, possam destruir as células melanocíticas.

3- Teoria Neural:

Um mediador neuroquímico causaria destruição de melanócitos ou inibiria a produção de melanina..

O que se sente?
Não há descrição de sintomas. A maioria dos pacientes procura o médico pelo transtorno estético que a doença ocasiona, embora há quem consulte em virtude das queimaduras solares nas áreas manifestadas.

No início surgem manchas hipocrômicas, depois acrômicas de limites nítidos, geralmente com bordas hiperpigmentadas, com forma e extensão variáveis. Há tendência à distribuição simétrica. As áreas mais comumente afetadas são: punhos, dorso das mãos, dedos, axilas, pescoço, genitália, ao redor da boca, olhos, cotovelos, joelhos, virilha e antebraços. É raro acometer nas palmas das mãos e plantas dos pés.

O vitiligo comumente trás disfunção emocional, tornando necessário o tratamento psicológico.

Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico, em geral, não apresenta dificuldades. O exame do paciente com lâmpada de Wood pode ser de grande utilidade para detectar manchas iniciais. A biopsia (exame de pele) dificilmente é necessária para o diagnóstico diferencial.

A evolução do vitiligo é imprevisível, não havendo critério clínico ou laboratorial que oriente a prognose. A repigmentação espontânea não é rara.

Como se trata?
Para o vitiligo universal, com poucas áreas de pele normal (superior a 50% da superfície cutânea), pode ser proposta a despigmentação das áreas restantes de pele normal. Para pacientes com lesões pequenas, em número reduzido e nas fases iniciais da doença, pode ser proposto tratamento tópico. Nas crianças o resultado costuma ser favorável.

Em áreas crômicas localizadas, estando o quadro evolutivo estacionado, têm sido feito minienxertos com resultados estéticos relativamente satisfatórios. A ingestão de alimentos com carotenos ou administração de betacarotenos origina uma cor amarelada na pele, que tem alguma ação protetora e efeito cosmético.

O uso de filtro solar adequado na pele despigmentada é fundamental para proteger de queimaduras e do dano solar a longo prazo. As lesões de vitiligo queimam-se facilmente e as margens pigmentam-se, tornando maior o contraste. Além disso, a queimadura solar pode aumentar ou desencadear novas lesões.

Outro método terapêutico eficaz no vitiligo é a fotoquimioterapia, que é o emprego sistêmico ou tópico de substâncias fotossensibilizantes, seguidas da exposição à radiação ultravioleta. A modalidade mais conhecida e estudada é o método PUVA (P= psoraleno, substância química fotossensibilizante, e UVA = ultravioleta).

Como se previne?
Não existe método de prevenção para a doença ou para sua progressão.

2 comentários:

Je Vois La Vie en Vert disse...

Olá,

Artigo muito interessante. Posso dar o meu testemunho :

Também tenho um vitiligo que não está muito extenso e que me incomoda mais esteticamente á volta dos olhos e nas mãos e nos dedos. Logo o início tive uma repigmentação numa mancha do cotovelo. Mas nunca mais aconteceu repigmentação como não progrediram as manchas. Será porque o meu moral - Vejo A Vida em Verde - está bom ?
Aconteceu-me este vitiligo após uma depressão, o que confirma uma trauma.
As 2 únicas coisas que me incomodam são, como já referi, o ponto de vista estético e o facto de ter que besuntar os dedos (o que faço raramente pelo incômodo de sujar os livros que leio na praia) para as proteger do sol.

Os tratamentos que experimentei não deram resultados...

beijinhos

Verdinha

Tony Madureira disse...

Olá,

Mais um excelente post com muita informação.

Bom fim de smena.