Estou abordando este assunto, por tratar-se de um dos sintomas que tive um pouco antes do doagnostico de LES. Fiz tratamento com um pneumologista e quando da acasiao da internação, depois do diagnostico de LES, eu estava com pleurite, apenas. Qualquer problema que tenhamos nos pulmoes, ou nas vias respiratorias de um modo geral, nos é muito dolorido e doloroso, pois quando se sente dor para rspirar, as coisas nao sao faceis.
PNEUMOTÓRAX
O que é?
É o acúmulo anormal de ar entre o pulmão e uma membrana (pleura) que reveste internamente a parede do tórax. Este espaço, que normalmente é virtual, se chama espaço pleural.
O que acontece?
O ar, ao entrar entre o pulmão e a parede torácica, pode comprimir o pulmão e causar dificuldade para respirar. Além disso, quando o pneumotórax é grande, ele pode fazer com que o coração se desloque, levando a alterações nos batimentos do coração e, até, à morte.
O que se sente?
Dor torácica – referida em 90% dos casos;
Tosse – ocorre em 10% dos pacientes;
Encurtamento da respiração (falta de ar) – ocorre em 80% dos indivíduos;
Agitação.
Cansaço fácil;
Aceleração dos batimentos cardíacos pode ocorrer;
Coloração azulada da pele (cianose) devido à falta de ar;
De uma maneira geral, os sinais e sintomas supracitados variam conforme a magnitude do pneumotórax, ou seja, depende do volume de ar acumulado no espaço pleural. A presença de doença pulmonar prévia – bronquite crônica, por exemplo – também influi bastante.
A dor é aguda, tipo pontada, persistente, no lado afetado do tórax. Já a tosse é seca e irritativa, podendo piorar a falta de ar.
Qual a classificação do pneumotórax quanto a sua causa?
- Pode ser classificado como: espontâneo, traumático ou iatrogênico.
- O pneumotórax espontâneo pode ser dividido em primário ou secundário, sendo:
. primário - aquele onde não se identifica uma doença pulmonar concomitante;
. secundário – quando existe uma doença pulmonar associada, como o enfisema pulmonar, por exemplo.
O pneumotórax traumático é aquele que resulta de um traumatismo na região do tórax – ferimentos por faca, punhal, tiro de arma de fogo, pancadas por atropelamentos ou outros.
O pneumotórax iatrogênico acontece como resultado de algum procedimento médico, que tinha o intuito de auxiliar no diagnóstico ou no tratamento do paciente. Um pneumotórax iatrogênico pode ocorrer após a tentativa de se acessar uma veia do tórax ou do pescoço, por exemplo.
Além disso, pode-se classificar o pneumotórax como aberto ou fechado quando existir ou não comunicação do espaço pleural com o ambiente.
Quanto a sua magnitude, ele pode ser classificado como grande – distância entre o pulmão e a parede torácica maior que 3 centímetros – ou pequeno quando esta distância for menor que 3 centímetros.
Quais as causas?
Existem várias causas para o surgimento do pneumotórax. Dentre as mais importantes, estão:
. Doenças pulmonares obstrutivas como a asma, enfisema pulmonar e bronquite crônica.
. Traumas torácicos em acidente por arma de fogo (tiro) ou acidente por arma branca (facada), causando o pneumotórax traumático. Outros objetos também podem perfurar o tórax, levando ao mesmo resultado.
. Aqueles que aparecem após procedimentos cirúrgicos ou outros procedimentos médicos (muitas vezes buscando o diagnóstico de doenças ou tentando amenizar sofrimento causado por estas), como a respiração artificial, por exemplo, utilizada em Unidade de Tratamento Intensivo nos pacientes com sofrimento respiratório, que pode levar ao chamado pneumotórax iatrogênico. Contudo, o pneumotórax iatrogênico não é freqüente.
. Infecções graves do pulmão como pneumonias ou tuberculose.
. Tumores.
Há indivíduos em que o pneumotórax surge pela existência de uma bolha de ar no pulmão, formada durante o desenvolvimento pulmonar, que, ao se romper, causa o problema. Este é chamado de pneumotórax espontâneo primário.
De forma semelhante, alguns tabagistas, ao longo de vários anos fumando, formam bolhas de ar (bolhas de enfisema), que podem romper, levando ao pneumotórax espontâneo secundário.
Como o médico faz o diagnóstico?
Baseado no exame físico e na conversa com o paciente, o médico poderá fazer o diagnóstico. Mas, a radiografia do tórax é que confirmará a situação. Esta radiografia mostrará a coleção anormal de ar entre o pulmão e a parede do tórax. Para obter mais dados, o médico poderá solicitar uma tomografia computadorizada do tórax. Pode ser muito útil nos casos de pneumotórax espontâneo.
Como se trata?
A meta do tratamento é remover o ar do espaço pleural e prevenir sua recorrência.
O tratamento será definido baseando-se no tamanho do pneumotórax (visto na radiografia), na causa deste e na gravidade dos sintomas causados por ele. Além disso, a presença ou não de doenças concorrentes no tórax também influenciará na decisão do tratamento mais adequado.
Como tratamento, o médico poderá optar pela colocação de um dreno no tórax – um tubo de látex entre as costelas fica conectado a um frasco coletor que retira o ar do local anormal. Outra alternativa seria uma cirurgia para a correção ou, simplesmente, a conduta expectante (esperar). Nesta, o médico supervisiona o seu paciente, aguardando que o ar que se encontra no lugar anormal seja reabsorvido por si.
Ainda é incerto se o uso de oxigênio suplementar deve ser usado no paciente com pneumotórax. Contudo, a reabsorção do ar do pneumotórax sem o uso de oxigênio ocorre numa taxa de 2% ao dia. Se utilizada uma suplementação no oxigênio respirado pelo paciente, esta taxa de reabsorção pode aumentar em até quatro vezes o valor normal.
Como se previne?
Evitar o tabagismo é uma maneira de prevenir os casos de pneumotórax relacionados às bolhas de enfisema e ao câncer de pulmão.
Programas para redução da violência urbana, incluindo acidentes de trânsito, também podem ajudar a diminuir os traumas de tórax e, por conseguinte, os casos de pneumotórax.
Depois do primeiro episódio de pneumotórax espontâneo, o indivíduo tem 40-50% de chances de desenvolver novo episódio. Este é mais um motivo para abandonar o fumo.
sábado, 7 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
DIVERTICULITE
Gostaria de fazer um parêntese, pois o objetivo principal deste blog é informar sobre doenças reumaticas, isto nao quer dizer que eu nao possa falar sobre outros problemas, principalmente quando eu os senti e fui internada em razao disso.
DIVERTICULITE - Diverticulose do Intestino Grosso
O que é?
Diverticulose é a presença de pequenas bolsas que se projetam para fora da parede intestinal. No mundo ocidental 85% dos divertículos localizam-se no cólon sigmóide (parte final do intestino grosso, logo antes do reto). A diverticulite é a inflamação de um divertículo.
A diverticulose ocorre com freqüência semelhante em homens e mulheres, aumentando com a idade. Um terço das pessoas com mais de 50 anos e 2/3 daquelas com mais de 80 anos tem divertículos no cólon, porém a grande maioria é assintomática.
Como se desenvolve?
Apesar de não ser totalmente conhecida a origem, acredita-se que dois fatores estejam associados ao surgimento dos divertículos: o aumento da pressão no interior do intestino e um enfraquecimento de pontos da parede intestinal.
O que se sente?
Apenas uma minoria dos indivíduos tem queixas relacionadas à diverticulose. A queixa mais comum é de desconforto doloroso na região inferior esquerda do abdome com variável tempo de duração e que alivia com a eliminação de gases ou fezes. Diarréia ou constipação (intestino trancado/prisão de ventre) também podem ocorrer.
Complicações:
Diverticulite é a complicação mais comum, ocorrendo em algum momento da vida de 10-20% dos indivíduos com diverticulose. Quanto maior o tempo de evolução e quanto mais extensa a área com divertículos, maior é o risco dessa complicação. A diverticulite manifesta-se por dor forte na parte inferior esquerda do abdome, acompanhada de febre e, geralmente, constipação. Podem estar associados também náusea, vômito e diarréia com muco, pus ou sangue.
Os divertículos inflamados podem formar pus, criando um abscesso em seu interior e, por conseqüência, perfurar. Com a perfuração, o pus pode se espalhar ou não no abdome levando, respectivamente, à peritonite (inflamação de todo o abdome) ou ao abscesso localizado.
Complicações menos freqüentes são o sangramento, a formação de fístulas (comunicação anormal de um órgão com outro ou com o exterior) e a obstrução intestinal. O sangramento é mais comum em divertículos do lado direito do intestino grosso e pode ocorrer sem diverticulite. Após o primeiro sangramento a chance de outro é de 25%; após um segundo episódio, a chance de novas hemorragias chega a 50%. As fístulas decorrem da drenagem espontânea de um abscesso, o que pode ocorrer para a bexiga ou vagina, por exemplo. Obstrução do intestino grosso geralmente deve-se a sucessivas inflamações e cicatrizações de diverticulites, resultando em fibrose (cicatrização deficiente) e fixação do intestino.
Como o médico faz o diagnóstico?
Ao exame físico, o paciente com diverticulose tem uma sensibilidade aumentada ou dor à palpação na parte inferior esquerda do abdome. O Enema Opaco (Raio X do intestino grosso com colocação de contraste por via retal) é o exame que mais informações fornece quanto à localização, quantidade e extensão da doença. A retossigmoidoscopia ou colonoscopia (visualização direta do interior do intestino através de endoscópios introduzidos através do ânus) identificam os óstios (bocas) dos divertículos e servem também para diferenciar a diverticulose de outras doenças do intestino que possam causar sangramento, dor ou obstrução (câncer, pólipos, inflamação da mucosa, etc). Quando há diverticulite, pode não estar indicada a imediata realização de enema opaco ou colonoscopia. Nessa circunstância, além do exame direto do paciente pelo médico mostrar alterações evidentes, os exames de sangue podem ter sinais de infecção. Raio X abdominal sem contraste, ecografia e tomografia, podem ser úteis na fase aguda para identificar perfurações e abscessos.
Qual é o tratamento?
A maioria dos casos de diverticulose tem suas queixas melhoradas com tratamento clínico. Dietas ricas em fibras e/ ou remédios que umedecem e aumentam o volume das fezes, diminuindo o esforço para evacuar, podem aliviar sintomas, prevenir novos divertículos e, principalmente, diminuir complicações como a diverticulite. Remédios anti-espasmódicos que diminuem as contrações excessivas do intestino, podem ser usados. O estresse emocional também tem sido relacionado com aumento dos espasmos do intestino e, assim, com aumento do risco de divertículos e suas complicações.
O tratamento da diverticulite depende da gravidade do caso, variando desde repouso, dieta sem resíduos e analgésicos, até uso de antibióticos, internação hospitalar com reposição de líquidos pela veia e cirurgia. A cirurgia de urgência pode ser necessária quando há piora do estado geral, obstrução intestinal, perfuração da parede do intestino e infecção generalizada. Cirurgias eletivas (planejadas com antecedência) podem ser indicadas em jovens com a doença, já que seu risco de um novo episódio ao longo da vida é grande, em pacientes com crises freqüentes de diverticulite, naqueles com sangramento importante ou repetido, na presença de fístulas ou se há suspeita de outra doença associada (câncer, por exemplo). A cirurgia consiste basicamente na retirada da parte do intestino onde se encontram os divertículos, geralmente todo o cólon sigmóide. Algumas vezes não é possível realizar a junção das partes que restaram do intestino, sendo necessária uma colostomia com uma bolsa externa para coletar as fezes, em geral, temporária.
AutorDr. Cláudio H. Wolff Dr. Fábio Segal Dr. Fernando Wolff
DIVERTICULITE - Diverticulose do Intestino Grosso
O que é?
Diverticulose é a presença de pequenas bolsas que se projetam para fora da parede intestinal. No mundo ocidental 85% dos divertículos localizam-se no cólon sigmóide (parte final do intestino grosso, logo antes do reto). A diverticulite é a inflamação de um divertículo.
A diverticulose ocorre com freqüência semelhante em homens e mulheres, aumentando com a idade. Um terço das pessoas com mais de 50 anos e 2/3 daquelas com mais de 80 anos tem divertículos no cólon, porém a grande maioria é assintomática.
Como se desenvolve?
Apesar de não ser totalmente conhecida a origem, acredita-se que dois fatores estejam associados ao surgimento dos divertículos: o aumento da pressão no interior do intestino e um enfraquecimento de pontos da parede intestinal.
O que se sente?
Apenas uma minoria dos indivíduos tem queixas relacionadas à diverticulose. A queixa mais comum é de desconforto doloroso na região inferior esquerda do abdome com variável tempo de duração e que alivia com a eliminação de gases ou fezes. Diarréia ou constipação (intestino trancado/prisão de ventre) também podem ocorrer.
Complicações:
Diverticulite é a complicação mais comum, ocorrendo em algum momento da vida de 10-20% dos indivíduos com diverticulose. Quanto maior o tempo de evolução e quanto mais extensa a área com divertículos, maior é o risco dessa complicação. A diverticulite manifesta-se por dor forte na parte inferior esquerda do abdome, acompanhada de febre e, geralmente, constipação. Podem estar associados também náusea, vômito e diarréia com muco, pus ou sangue.
Os divertículos inflamados podem formar pus, criando um abscesso em seu interior e, por conseqüência, perfurar. Com a perfuração, o pus pode se espalhar ou não no abdome levando, respectivamente, à peritonite (inflamação de todo o abdome) ou ao abscesso localizado.
Complicações menos freqüentes são o sangramento, a formação de fístulas (comunicação anormal de um órgão com outro ou com o exterior) e a obstrução intestinal. O sangramento é mais comum em divertículos do lado direito do intestino grosso e pode ocorrer sem diverticulite. Após o primeiro sangramento a chance de outro é de 25%; após um segundo episódio, a chance de novas hemorragias chega a 50%. As fístulas decorrem da drenagem espontânea de um abscesso, o que pode ocorrer para a bexiga ou vagina, por exemplo. Obstrução do intestino grosso geralmente deve-se a sucessivas inflamações e cicatrizações de diverticulites, resultando em fibrose (cicatrização deficiente) e fixação do intestino.
Como o médico faz o diagnóstico?
Ao exame físico, o paciente com diverticulose tem uma sensibilidade aumentada ou dor à palpação na parte inferior esquerda do abdome. O Enema Opaco (Raio X do intestino grosso com colocação de contraste por via retal) é o exame que mais informações fornece quanto à localização, quantidade e extensão da doença. A retossigmoidoscopia ou colonoscopia (visualização direta do interior do intestino através de endoscópios introduzidos através do ânus) identificam os óstios (bocas) dos divertículos e servem também para diferenciar a diverticulose de outras doenças do intestino que possam causar sangramento, dor ou obstrução (câncer, pólipos, inflamação da mucosa, etc). Quando há diverticulite, pode não estar indicada a imediata realização de enema opaco ou colonoscopia. Nessa circunstância, além do exame direto do paciente pelo médico mostrar alterações evidentes, os exames de sangue podem ter sinais de infecção. Raio X abdominal sem contraste, ecografia e tomografia, podem ser úteis na fase aguda para identificar perfurações e abscessos.
Qual é o tratamento?
A maioria dos casos de diverticulose tem suas queixas melhoradas com tratamento clínico. Dietas ricas em fibras e/ ou remédios que umedecem e aumentam o volume das fezes, diminuindo o esforço para evacuar, podem aliviar sintomas, prevenir novos divertículos e, principalmente, diminuir complicações como a diverticulite. Remédios anti-espasmódicos que diminuem as contrações excessivas do intestino, podem ser usados. O estresse emocional também tem sido relacionado com aumento dos espasmos do intestino e, assim, com aumento do risco de divertículos e suas complicações.
O tratamento da diverticulite depende da gravidade do caso, variando desde repouso, dieta sem resíduos e analgésicos, até uso de antibióticos, internação hospitalar com reposição de líquidos pela veia e cirurgia. A cirurgia de urgência pode ser necessária quando há piora do estado geral, obstrução intestinal, perfuração da parede do intestino e infecção generalizada. Cirurgias eletivas (planejadas com antecedência) podem ser indicadas em jovens com a doença, já que seu risco de um novo episódio ao longo da vida é grande, em pacientes com crises freqüentes de diverticulite, naqueles com sangramento importante ou repetido, na presença de fístulas ou se há suspeita de outra doença associada (câncer, por exemplo). A cirurgia consiste basicamente na retirada da parte do intestino onde se encontram os divertículos, geralmente todo o cólon sigmóide. Algumas vezes não é possível realizar a junção das partes que restaram do intestino, sendo necessária uma colostomia com uma bolsa externa para coletar as fezes, em geral, temporária.
AutorDr. Cláudio H. Wolff Dr. Fábio Segal Dr. Fernando Wolff
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
VOLTEI!!! ESTOU EM CASA!!! VEJAM AS FOTOS DAS FERIAS NA AMAZONIA
Olá amigos e amigas, cheguei ao Rio de Janeiro, voltei... estou em casa... agora estou descansando das férias rsrs que foram sensacionais. Foi muito bom rever a terra dos meus pais, avós e bisavós. No Teatro Amazonas, fiquei tao emocionada, que nao consegui tirar nenhuma foto sorrindo. Vejam as fotos no meu orkut. Clique e divirta-se. http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=2293383739179572428&rl=t
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
AMIGOS, ESTOU EM FÉRIAS
Queridos amigos,
Estou, desde o dia 10 de setembro na Amazônia, terra dos meus pais, avós e bisavós. Ha dez anos nao vinha nestas terras abençoadas por Deus, meu paraíso terrestre. Amo tudo isto aqui: as matas, os rios, os peixes, sua gente, tudo, tudo é lindo e maravilhoso. Estou muito feliz, revendo familiares, amigas, o lugar onde passei a minha infância e adolescência, conhecendo novas amigas, enfim, agradeço a Deus pela oportunidade de poder desfrutar de tudo o que eu estou vivendo. No mais, somente saudade grande da minha familia querida, minhas fihas Tati e Dani e meu marido Bel, meu Tuga e minhas amigas que ficaram no Rio, mas que em breve estarei, novamente, com todos. Beijinhos.
Estou, desde o dia 10 de setembro na Amazônia, terra dos meus pais, avós e bisavós. Ha dez anos nao vinha nestas terras abençoadas por Deus, meu paraíso terrestre. Amo tudo isto aqui: as matas, os rios, os peixes, sua gente, tudo, tudo é lindo e maravilhoso. Estou muito feliz, revendo familiares, amigas, o lugar onde passei a minha infância e adolescência, conhecendo novas amigas, enfim, agradeço a Deus pela oportunidade de poder desfrutar de tudo o que eu estou vivendo. No mais, somente saudade grande da minha familia querida, minhas fihas Tati e Dani e meu marido Bel, meu Tuga e minhas amigas que ficaram no Rio, mas que em breve estarei, novamente, com todos. Beijinhos.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
LÚPUS E NEFRITE LÚPICA
Nefrologia/Rim/Rins
Rim e Lúpus
O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença que atinge órgãos diversos (dentre eles os rins) e de formas diversas em cada indivíduo.
O acometimento renal é freqüente em pacientes com lúpus e, em geral, corresponde a uma glomerulonefrite, que pode apresentar-se das formas mais variadas, indo desde alterações urinárias mínimas (hematúria e/ou proteinúria pequena) até insuficiência renal.
Considerando-se que a nefrite é uma das manifestações de atividade lúpica, devemos estar sempre atentos para a possibilidade de que venha a agravar-se ou a instalar-se num paciente que antes não apresentava lesão renal. Para tanto, além das informações fornecidas pelo paciente e os achados do exame físico, a realização de exames laboratoriais simples como o exame de urina (“Urina I”) e a determinação de creatinina no sangue são necessários. Outros exames podem ser adicionados a estes uma vez constatada a lesão renal.
Essa “nefrite” do lúpus é classificada pela Organização Mundial de Saúde em 6 tipos e essa classificação baseia-se nas informações obtidas ao fazermos uma biópsia renal. A biópsia do rim é um procedimento em que um minúsculo pedaço de tecido renal é retirado para exame anátomo-patológico.
No lúpus, é importante fazer-se esse tipo de biópsia, pois tratamentos diferentes são indicados de acordo com a classe de nefrite encontrada na análise da biópsia. Ela também serve para estabelecer se a doença evoluiu para uma fase crônica, na qual não se deve mais insistir em fazer tratamento imunossupressor. Além disso, dentre outras aplicações, é muito útil para esclarecer por que motivo um paciente com lúpus está evoluindo com insuficiência renal.
Sem dúvida um dos pontos de maior interesse em relação ao problema renal no lúpus é o tratamento. As drogas mais freqüentemente utilizadas com esse fim, em nosso meio, são: prednisona (por via oral), azatioprina (por via oral), metilprednisolona (por via endovenosa) e ciclofosfamida (por via oral e por via endovenosa). Essas duas últimas medicações são bastante empregadas sob a forma de “pulsoterapias” por via endovenosa.
A nefrite lúpica que não é tratada ou que não responde a tratamento pode evoluir para insuficiência renal crônica; mas, mesmo quando tratamentos imunossupressores não mais podem deter esse processo, o paciente dispõe de “tratamento conservador” para garantir-lhe pelo maior tempo possível a utilização do que lhe resta de função renal. Cuidados com dieta e controle rigoroso da pressão arterial são medidas simples que podem lentificar a progressão da doença renal crônica para um fase em que a diálise é imprescindível.
Há relatos de que cerca de 20 % dos pacientes com nefrite lúpica evoluem para insuficiência renal terminal. É bom lembrar, entretanto, que o paciente com lúpus tem uma sobrevida em diálise e após transplante renal tão boa quanto a de qualquer outro paciente não-lúpico e raramente apresenta qualquer tipo de atividade da doença (mesmo em outros órgãos) quando em diálise ou após transplante.
O temor que, há algumas décadas, todos tinham diante do acometimento renal já não se justifica em nossos dias, pois com a disponibilidade de esquemas de tratamento mais eficientes a sobrevida do paciente com lesão renal vem melhorando continuamente.
Profa. Dra. Gianna Mastroianni Pesquisadora Associada da Disciplina de Nefrologia da Escola Paulista de Medicina Coordenadora do Ambulatório de Glomerulopatias da Universidade Federal de São Paulo
Rim e Lúpus
O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença que atinge órgãos diversos (dentre eles os rins) e de formas diversas em cada indivíduo.
O acometimento renal é freqüente em pacientes com lúpus e, em geral, corresponde a uma glomerulonefrite, que pode apresentar-se das formas mais variadas, indo desde alterações urinárias mínimas (hematúria e/ou proteinúria pequena) até insuficiência renal.
Considerando-se que a nefrite é uma das manifestações de atividade lúpica, devemos estar sempre atentos para a possibilidade de que venha a agravar-se ou a instalar-se num paciente que antes não apresentava lesão renal. Para tanto, além das informações fornecidas pelo paciente e os achados do exame físico, a realização de exames laboratoriais simples como o exame de urina (“Urina I”) e a determinação de creatinina no sangue são necessários. Outros exames podem ser adicionados a estes uma vez constatada a lesão renal.
Essa “nefrite” do lúpus é classificada pela Organização Mundial de Saúde em 6 tipos e essa classificação baseia-se nas informações obtidas ao fazermos uma biópsia renal. A biópsia do rim é um procedimento em que um minúsculo pedaço de tecido renal é retirado para exame anátomo-patológico.
No lúpus, é importante fazer-se esse tipo de biópsia, pois tratamentos diferentes são indicados de acordo com a classe de nefrite encontrada na análise da biópsia. Ela também serve para estabelecer se a doença evoluiu para uma fase crônica, na qual não se deve mais insistir em fazer tratamento imunossupressor. Além disso, dentre outras aplicações, é muito útil para esclarecer por que motivo um paciente com lúpus está evoluindo com insuficiência renal.
Sem dúvida um dos pontos de maior interesse em relação ao problema renal no lúpus é o tratamento. As drogas mais freqüentemente utilizadas com esse fim, em nosso meio, são: prednisona (por via oral), azatioprina (por via oral), metilprednisolona (por via endovenosa) e ciclofosfamida (por via oral e por via endovenosa). Essas duas últimas medicações são bastante empregadas sob a forma de “pulsoterapias” por via endovenosa.
A nefrite lúpica que não é tratada ou que não responde a tratamento pode evoluir para insuficiência renal crônica; mas, mesmo quando tratamentos imunossupressores não mais podem deter esse processo, o paciente dispõe de “tratamento conservador” para garantir-lhe pelo maior tempo possível a utilização do que lhe resta de função renal. Cuidados com dieta e controle rigoroso da pressão arterial são medidas simples que podem lentificar a progressão da doença renal crônica para um fase em que a diálise é imprescindível.
Há relatos de que cerca de 20 % dos pacientes com nefrite lúpica evoluem para insuficiência renal terminal. É bom lembrar, entretanto, que o paciente com lúpus tem uma sobrevida em diálise e após transplante renal tão boa quanto a de qualquer outro paciente não-lúpico e raramente apresenta qualquer tipo de atividade da doença (mesmo em outros órgãos) quando em diálise ou após transplante.
O temor que, há algumas décadas, todos tinham diante do acometimento renal já não se justifica em nossos dias, pois com a disponibilidade de esquemas de tratamento mais eficientes a sobrevida do paciente com lesão renal vem melhorando continuamente.
Profa. Dra. Gianna Mastroianni Pesquisadora Associada da Disciplina de Nefrologia da Escola Paulista de Medicina Coordenadora do Ambulatório de Glomerulopatias da Universidade Federal de São Paulo
sábado, 5 de setembro de 2009
HERPES ZOSTER e FIBROMIALGIA
Reumatologia/Doenças Auto-Imune
Dores do Herpes Zoster (ou cobreiro) e fibromialgia
O herpes zoster é uma doença viral, auto-limitada, causada pelo mesmo vírus causador da varicela (catapora), tendo um ciclo evolutivo de cerca de 15 dias. Antes do surgimento das lesões na pele, ocorrem no local sintomas dolorosos ou parestésicos (formigamento, pontadas, "pele sensível" ou queimação) devido à inflamação do nervo. Nesse período as pessoas com fibromialgia, que já têm uma sensibilidade à dor, ficam mais atacadas de dores pelo corpo. No decorrer da doença os sintomas dolorosos podem se agravar tornando-se muitas vezes insuportáveis, principalmente, quando atinge pessoas mais idosas. A dor melhora gradativamente, mas, nas pessoas idosas, pode permanecer por meses ou anos após o final do quadro cutâneo, caracterizando a chamada “neuralgia pós-herpética”. Essa dor é diferente da fibromialgia porque só doi, e muito, um trajeto de um nervo, sendo que na fibromialgia as dores são pelo corpo todo. Outra diferença é que acomete homens e mulheres, na mesma proporção, sendo mais frequente na idade adulta e nos idosos.
As manifestações cutâneas iniciam-se por vesículas que podem confluir formando bolhas contendo líquido transparente ou ligeiramente amarelado, seguindo o trajeto de um nervo. Em alguns dias, as lesões secam e formam crostas que serão liberadas gradativamente deixando discretas manchas no local que tendem a desaparecer. As lesões da pele tem involução espontânea.
Na grande maioria das vezes, as manifestações limitam-se a um lado do corpo, por onde passa o nervo atingido, sendo raro o acometimento bilateral. Na fibromialgia as dores são em ambos os lados do corpo. Os nervos atingidos, com maior frequência, são os intercostais, mas outros nervos podem ser afetados. O tratamento do herpes é feito com anti-viróticos, e deve ser iniciado desde o aparecimento dos sintomas iniciais visando evitar o dano irreparável ao nervo atingido que resultará na neuralgia pós-herpética. Medidas “folclóricas” de rezas, benzimentos e outras práticas devem ser evitadas.
Dores do Herpes Zoster (ou cobreiro) e fibromialgia
O herpes zoster é uma doença viral, auto-limitada, causada pelo mesmo vírus causador da varicela (catapora), tendo um ciclo evolutivo de cerca de 15 dias. Antes do surgimento das lesões na pele, ocorrem no local sintomas dolorosos ou parestésicos (formigamento, pontadas, "pele sensível" ou queimação) devido à inflamação do nervo. Nesse período as pessoas com fibromialgia, que já têm uma sensibilidade à dor, ficam mais atacadas de dores pelo corpo. No decorrer da doença os sintomas dolorosos podem se agravar tornando-se muitas vezes insuportáveis, principalmente, quando atinge pessoas mais idosas. A dor melhora gradativamente, mas, nas pessoas idosas, pode permanecer por meses ou anos após o final do quadro cutâneo, caracterizando a chamada “neuralgia pós-herpética”. Essa dor é diferente da fibromialgia porque só doi, e muito, um trajeto de um nervo, sendo que na fibromialgia as dores são pelo corpo todo. Outra diferença é que acomete homens e mulheres, na mesma proporção, sendo mais frequente na idade adulta e nos idosos.
As manifestações cutâneas iniciam-se por vesículas que podem confluir formando bolhas contendo líquido transparente ou ligeiramente amarelado, seguindo o trajeto de um nervo. Em alguns dias, as lesões secam e formam crostas que serão liberadas gradativamente deixando discretas manchas no local que tendem a desaparecer. As lesões da pele tem involução espontânea.
Na grande maioria das vezes, as manifestações limitam-se a um lado do corpo, por onde passa o nervo atingido, sendo raro o acometimento bilateral. Na fibromialgia as dores são em ambos os lados do corpo. Os nervos atingidos, com maior frequência, são os intercostais, mas outros nervos podem ser afetados. O tratamento do herpes é feito com anti-viróticos, e deve ser iniciado desde o aparecimento dos sintomas iniciais visando evitar o dano irreparável ao nervo atingido que resultará na neuralgia pós-herpética. Medidas “folclóricas” de rezas, benzimentos e outras práticas devem ser evitadas.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
GOTA ÚRICA - Doença Auto-Imune/Reumática
Doenças Auto-Imune
Gota úrica
O que é ácido úrico ?
Quando as células do corpo são destruídas para que novas células se instalem no organismo, os núcleos de cada uma eliminam substâncias que devem ser excretadas pelo corpo. O ácido úrico é uma delas e deve ser jogado fora pela urina.
O que é gota ?
A gota acontece quando há um acúmulo de ácido úrico no sangue. Isso pode acontecer tanto pela produção excessiva quando pela eliminação deficiente da substância. Com o aumento da concentração de ácido úrico no sangue, ocorre a deposição de cristais nos tecidos, principalmente nas articulações, causando inflamação. Se não tratada a tempo, a gota pode debilitar órgãos como os rins. Os cristais de ácido úrico se depositam nos rins produzindo alterações funcionais desse órgão. Pode haver formação de cálculos, produzindo cólicas renais. Também podem ocorrer depósitos de cristais debaixo da pele, formando protuberâncias localizadas nos dedos, cotovelos e orelhas. São os chamados tofos.
Acima de que nível de concentração no sangue podemos dizer que o ácido úrico está elevado, em indivíduos do sexo masculino e feminino ?O aumento da concentração de ácido úrico no sangue (HIPERURICEMIA), é definido como um nível de ácido maior que 7,0 mg/dl em homens e maior que 6,0 mg/dl em mulheres.
Qual a incidência da Gota ?
É mais comum nos homens ou nas mulheres ?Dois por cento da população mundial sofre de gota; Entre os doentes, há uma mulher para cada oito homens.A gota é a causa mais comum de inflamação da articulação em homens acima de 40 anos de idade. Na mulher é uma doença rara. Sua incidência aumenta após a menopausa.
Como é a crise aguda de gota ?
É típico que as primeiras crises acometam somente uma articulação (85% dos casos). Iniciam-se abruptamente, geralmente durante a noite ou de madrugada. A articulação envolvida torna-se dolorosa, quente, avermelhada e inchada. Pode ocorrer febre baixa.
As primeiras crises normalmente se resolvem espontaneamente em 3 a 4 dias.
Se a gota não for tratada com atenção desde sua primeira manifestação, é possível que a doença atinja outras articulações e se torne crônica, com crises permanentes. A chamada gota crônica é o estágio mais sério da doença, pois as complicações já se instalaram em outros órgãos do corpo, além das articulações. Neste caso, podem surgir por exemplo deformidades e defeitos irreversíveis nas articulações.
Quais são as articulações mais afetadas na gota ?
A articulação do pé, por ser naturalmente desprotegida, é geralmente a primeira a ser atingida pela gota. A dor é aguda e súbita e a região onde a crise acontece fica vermelha e muito inchada. Os sintomas da primeira manifestação da doença duram entre três e quatro dias. Se não for feito um tratamento devido desde a primeira manifestação da gota, as crises continuarão e poderão atingir outras articulações como as do joelho.As articulações do dorso do pé, tornozelos, dedos, punho, cotovelo, mãos e ombros também poderão ser atingidas.
Quais os fatores que podem desencadear uma crise de gota ?
»
Ingestão de álcool, principalmente vinho tinto e cerveja
» Dieta rica em alimentos que aumentam o ácido úrico
» Trauma físico» Uso de diuréticos
Como se trata a crise aguda de gota ?
A crise aguda de gota é tratada com colchicina, antiinflamatórios ou a associação de ambos. Mas, tais produtos só podem ser administrados sob prescrição e orientação médica.A automedicação nunca deve existir. Somente o médico está credenciado a tratar da gota em qualquer de suas fases. As instruções médicas devem ser rigorosamente seguidas.
Quais os cuidados que devem ser tomados pelo paciente ?
Os portadores de gota devem ter cuidado com agentes que podem desencadear a crise, tais como traumas articulares e excesso de determinados alimentos (espinafre, tomate, álcool...). O único modo de evitar o aparecimento dos tofos é o tratamento regular sob orientação do REUMATOLOGISTA. Uma vez estabelecida a gota crônica (tofos), devem ser evitadas infecções locais, para isso é importante evitar traumas (por exemplo, usar calçados que não machuquem os pés) e , caso saia alguma secreção esbranquiçada do tofo, deve-se lavar a lesão com soro fisiológico 0,9% e fazer um curativo; além disso, o médico deve ser procurado para avaliar a necessidade de antibióticos para evitar um processo de osteomielite (infecção do osso).
Que personalidades famosas já foram acometidas pela gota ?
Isaac Newton, Michelangelo, Benjamin Franklin, Charles Darwin.
Orientação dietética
Quase todos os alimentos possuem ácido úrico (AU), assim uma dieta que restrinja seu consumo absoluto é praticamente impossível de ser realizada. No entanto, algumas medidas dietéticas devem ser adotadas:
» evitar uma dieta hipercalórica, pois leva à obesidade que é um fator de risco para os portadores de gota;» evitar o consumo de gorduras ("colesterol");
» evitar o consumo excessivo de álcool, sobretudo os fermentados (cerveja e vinho), pois podem desencadear a crise aguda;
» evitar o uso diário de alguns alimentos ricos em AU (miúdos, frutos-do-mar, enlatados...)
» aumentar a ingesta hídrica ('beber mais água");» tratar as doenças associadas, tais como a hipertensão arterial e o diabete melito.
Enfim, mantendo uma dieta mais saudável, o paciente terá uma melhor qualidade de vida.
Gota úrica
O que é ácido úrico ?
Quando as células do corpo são destruídas para que novas células se instalem no organismo, os núcleos de cada uma eliminam substâncias que devem ser excretadas pelo corpo. O ácido úrico é uma delas e deve ser jogado fora pela urina.
O que é gota ?
A gota acontece quando há um acúmulo de ácido úrico no sangue. Isso pode acontecer tanto pela produção excessiva quando pela eliminação deficiente da substância. Com o aumento da concentração de ácido úrico no sangue, ocorre a deposição de cristais nos tecidos, principalmente nas articulações, causando inflamação. Se não tratada a tempo, a gota pode debilitar órgãos como os rins. Os cristais de ácido úrico se depositam nos rins produzindo alterações funcionais desse órgão. Pode haver formação de cálculos, produzindo cólicas renais. Também podem ocorrer depósitos de cristais debaixo da pele, formando protuberâncias localizadas nos dedos, cotovelos e orelhas. São os chamados tofos.
Acima de que nível de concentração no sangue podemos dizer que o ácido úrico está elevado, em indivíduos do sexo masculino e feminino ?O aumento da concentração de ácido úrico no sangue (HIPERURICEMIA), é definido como um nível de ácido maior que 7,0 mg/dl em homens e maior que 6,0 mg/dl em mulheres.
Qual a incidência da Gota ?
É mais comum nos homens ou nas mulheres ?Dois por cento da população mundial sofre de gota; Entre os doentes, há uma mulher para cada oito homens.A gota é a causa mais comum de inflamação da articulação em homens acima de 40 anos de idade. Na mulher é uma doença rara. Sua incidência aumenta após a menopausa.
Como é a crise aguda de gota ?
É típico que as primeiras crises acometam somente uma articulação (85% dos casos). Iniciam-se abruptamente, geralmente durante a noite ou de madrugada. A articulação envolvida torna-se dolorosa, quente, avermelhada e inchada. Pode ocorrer febre baixa.
As primeiras crises normalmente se resolvem espontaneamente em 3 a 4 dias.
Se a gota não for tratada com atenção desde sua primeira manifestação, é possível que a doença atinja outras articulações e se torne crônica, com crises permanentes. A chamada gota crônica é o estágio mais sério da doença, pois as complicações já se instalaram em outros órgãos do corpo, além das articulações. Neste caso, podem surgir por exemplo deformidades e defeitos irreversíveis nas articulações.
Quais são as articulações mais afetadas na gota ?
A articulação do pé, por ser naturalmente desprotegida, é geralmente a primeira a ser atingida pela gota. A dor é aguda e súbita e a região onde a crise acontece fica vermelha e muito inchada. Os sintomas da primeira manifestação da doença duram entre três e quatro dias. Se não for feito um tratamento devido desde a primeira manifestação da gota, as crises continuarão e poderão atingir outras articulações como as do joelho.As articulações do dorso do pé, tornozelos, dedos, punho, cotovelo, mãos e ombros também poderão ser atingidas.
Quais os fatores que podem desencadear uma crise de gota ?
»
Ingestão de álcool, principalmente vinho tinto e cerveja
» Dieta rica em alimentos que aumentam o ácido úrico
» Trauma físico» Uso de diuréticos
Como se trata a crise aguda de gota ?
A crise aguda de gota é tratada com colchicina, antiinflamatórios ou a associação de ambos. Mas, tais produtos só podem ser administrados sob prescrição e orientação médica.A automedicação nunca deve existir. Somente o médico está credenciado a tratar da gota em qualquer de suas fases. As instruções médicas devem ser rigorosamente seguidas.
Quais os cuidados que devem ser tomados pelo paciente ?
Os portadores de gota devem ter cuidado com agentes que podem desencadear a crise, tais como traumas articulares e excesso de determinados alimentos (espinafre, tomate, álcool...). O único modo de evitar o aparecimento dos tofos é o tratamento regular sob orientação do REUMATOLOGISTA. Uma vez estabelecida a gota crônica (tofos), devem ser evitadas infecções locais, para isso é importante evitar traumas (por exemplo, usar calçados que não machuquem os pés) e , caso saia alguma secreção esbranquiçada do tofo, deve-se lavar a lesão com soro fisiológico 0,9% e fazer um curativo; além disso, o médico deve ser procurado para avaliar a necessidade de antibióticos para evitar um processo de osteomielite (infecção do osso).
Que personalidades famosas já foram acometidas pela gota ?
Isaac Newton, Michelangelo, Benjamin Franklin, Charles Darwin.
Orientação dietética
Quase todos os alimentos possuem ácido úrico (AU), assim uma dieta que restrinja seu consumo absoluto é praticamente impossível de ser realizada. No entanto, algumas medidas dietéticas devem ser adotadas:
» evitar uma dieta hipercalórica, pois leva à obesidade que é um fator de risco para os portadores de gota;» evitar o consumo de gorduras ("colesterol");
» evitar o consumo excessivo de álcool, sobretudo os fermentados (cerveja e vinho), pois podem desencadear a crise aguda;
» evitar o uso diário de alguns alimentos ricos em AU (miúdos, frutos-do-mar, enlatados...)
» aumentar a ingesta hídrica ('beber mais água");» tratar as doenças associadas, tais como a hipertensão arterial e o diabete melito.
Enfim, mantendo uma dieta mais saudável, o paciente terá uma melhor qualidade de vida.
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