terça-feira, 17 de abril de 2012

GASTRITE

GASTRITE
Sinônimos/nomes populares: Doença do estômago, inflamação do estômago.

O que é?

O estômago é um tipo de bolsa que recebe o que ingerimos. Internamente, é forrada por mucosa, uma camada rosada parecida com a que temos em nossa boca.
Gastrite é a inflamação da mucosa do estômago e, muitas vezes, tem diferente significado para os leigos e para os médicos.
O público, freqüentemente, usa o termo gastrite como queixa, representando vários desconfortos relacionados com o aparelho digestivo.
O médico, após examinar o paciente e fazer os exames necessários, conclui que existe gastrite, inclusive, muitas vezes sem sintomas e outras vezes em que não existe significado clínico destacável.
As gastrites podem ser agudas ou crônicas.

Como se desenvolve?
= Gastrite aguda

Gastrites agudas permitem uma abordagem mais simplificada, por serem de aparecimento súbito, evolução rápida e facilmente associadas a um agente causador.
Medicamentos, infecções e estresse físico ou psíquico podem levar à uma gastrite aguda.

Ácido acetil-salicílico (aspirina, AAS), antiinflamatórios não esteróides, corticóides, bebidas alcoólicas e a ingestão acidental ou suicida de certas substâncias corrosivas são exemplos de agentes agressores.
Alimentos contaminados por germes, como bactérias, vírus, ou por suas toxinas são causa freqüente de inflamação aguda do estômago, como parte de uma infecção, genericamente conhecida como gastroenterite aguda.
Situação bastante conhecida é a hemorragia digestiva superior aguda, com vômitos e evacuações com sangue.
A hemorragia digestiva pode ocorrer como complicação de situações graves como o estresse pela longa permanência dos doentes em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), em períodos pós-operatórios, em pacientes com queimaduras em extensas áreas do corpo, em politraumatizados ou em pacientes com infecção generalizada (chamada de septicemia).

= Gastrite crônica
Em relação à gastrite crônica, também, existe muita confusão, principalmente no que se refere aos sintomas e à relação com os agentes causadores.

Sabe-se que a bactéria Helicobacter pylori pode determinar uma gastrite crônica.
Na gastrite crônica atrófica, situação em que diminuem muito as células da mucosa do estômago, existe considerável redução na produção do ácido gástrico, que é importante para a "esterilização" do que ingerimos e para a digestão dos alimentos.
Por vezes, a bile que o fígado descarrega na porção inicial do intestino delgado (chamado de duodeno), reflui para o estômago, causando inflamação crônica.

Estes fatores, atuando isoladamente ou em conjunto, podem determinar gastrite crônica.

O que se sente?

A maioria dos casos crônicos não apresenta sintomas.
Já na gastrite aguda, quando existem queixas, são muito variadas:

- dor em queimação no abdômen
- azia
- perda do apetite
- náuseas e vômitos
- sangramento digestivo, nos casos complicados, demonstrado pela evacuação de fezes pretas (melena) e/ou vômitos com sangue (hematêmese).

Por deficiência de absorção de Vitamina B12 e ácido fólico, pode ocorrer anemia manifestada por:
- fraqueza
- ardência da língua (glossite)
- irritação dos cantos dos lábios (comissurite)
- diarréia
- mais raramente, alterações neurológicas envolvendo memória, orientação e coerência, quadro clínico relacionado à gastrite atrófica.

Como o médico faz o diagnóstico?
Na gastrite aguda, baseando-se na história clínica, sendo em geral desnecessário exames.
Na suspeita de complicações, como a hemorragia, a endoscopia digestiva alta é o exame indicado. A endoscopia é um exame que permite enxergar diretamente a mucosa, mostrando alterações sugestivas de algum tipo de gastrite.
Entretanto, 40% dos casos de gastrite crônica nada mostram.
Por isso, considera-se que o diagnóstico das gastrites crônicas é, fundamentalmente, histológico, ou seja, pelo exame microscópico de fragmentos da mucosa colhidos por pinça de biópsia que passa através do próprio endoscópio.

Qual é o tratamento?
O tratamento está relacionado ao agente causador.

Nos casos de gastrite aguda associada ao uso de medicações antiinflamatórias, sua suspensão e/ou substituição, associada ao uso de medicamentos que neutralizem, que inibam ou bloqueiem a secreção ácida do estômago, é o tratamento básico.
A endoscopia, mais utilizada nos casos de gastrite aguda acompanhada de sangramento, além de poder fazer o diagnóstico, pode interromper a hemorragia aplicando variados tratamentos locais.
Não há consenso sobre a vantagem de tratar a bactéria Helicobacter pylori quando há gastrite sem úlcera, pois não tem sido observada uma melhora significativa dos sintomas digestivos.

Como se previne?
= Evitar o uso de medicações irritativas como os antiinflamatórios e a aspirina.
= Evitar o abuso de bebidas alcoólicas e do fumo.
= Existem controvérsias quanto ao hábito da ingestão de café e chá preto influir nas gastrites, por isso o seu consumo deverá depender da tolerância individual.
= A melhoria das condições sanitárias, do tratamento da água de consumo doméstico, da higiene pessoal (lavar as mãos antes de tocar alimentos), dos cuidados no preparo e na conservação dos alimentos, faz decrescer significativamente as vítimas das toxinfecções alimentares (gastroenterites).

sexta-feira, 13 de abril de 2012

PANCREATITE

PANCREATITES
O que é?

Pancreatite é a inflamação do pâncreas.
O pâncreas é um órgão situado na parte superior do abdômen, aproximadamente atrás do estômago.
É um órgão com várias funções, sendo parte responsável pela produção de insulina e parte responsável pela produção de substâncias necessárias para a digestão dos alimentos.
A pancreatite pode ser aguda ou crônica.

Como se adquire?
Existem duas causas responsáveis pela grande maioria dos casos de pancreatite:

- os cálculos na via biliar
- o uso abusivo do álcool.

A bile, produzida pelo fígado, e as substâncias produzidas pelo pâncreas são levadas até o intestino por pequenos canais, e no seu final por um canal único para os dois órgãos
Quando um cálculo (popularmente chamado de pedra), formado na vesícula ou em qualquer parte desses canais, obstrui o fluxo para o intestino pode ocorrer um quadro de pancreatite.

A outra grande causa de pancreatite é o consumo excessivo de álcool. O uso crônico de quantidades excessivas de álcool pode levar tanto a episódios agudos de pancreatite como à própria pancreatite crônica.

Causas bem menos comuns de pancreatite são as produzidas por:
- certos medicamentos
- infecções virais como a caxumba
- traumatismo abdominal (graves acidentes de carro, por exemplo)
- excesso de funcionamento da glândula paratireóide
- excesso de triglicerídeos no sangue
- malformações do pâncreas
- exames com uso de contraste nos canais biliares e pancreáticos

O que se sente?
Na pancreatite aguda o principal sintoma é dor abdominal. Geralmente é localizada próximo da "boca do estômago", podendo espalhar-se como uma faixa para os lados e para as costas. Náuseas e vômitos costumam ocorrer associados à dor.
Em geral se inicia subitamente e torna-se progressivamente mais forte e contínua.
Na pancreatite crônica, além da dor, pode haver diarréia com eliminação de gordura nas fezes.
Isso ocorre porque, a partir de um certo ponto, o pâncreas torna-se insuficiente na produção de enzimas necessárias para a digestão e absorção da gordura contida nos alimentos. Por esse motivo, nota-se diarréia de intensidade variável, podendo até ser muito intensa, com cheiro rançoso e contendo gordura, que parece como "pingos de azeite boiando na água".
A dor na pancreatite crônica pode ser permanente, necessitando de analgésicos potentes, ou pode aparecer em crises, geralmente provocadas pelo consumo de álcool.

Como o médico faz o diagnóstico?
Os sintomas descritos pelo paciente e o exame clínico, associado à história de consumo de álcool ou de cálculos na vesícula biliar, fazem o médico suspeitar do diagnóstico.
Exames de sangue, ecografia abdominal (ultra-sonografia) e Rx de abdômen, são usados para a confirmação da doença.

Qual é o tratamento?
Na fase de dor aguda, a medida mais importante é o jejum absoluto, associado à hidratação com soro endovenoso (na veia). Para alívio da dor usam-se analgésicos potentes.
No caso da pancreatite causada por cálculos, pode ser necessária a realização de uma endoscopia digestiva superior com colangiografia e retirada dos cálculos que porventura estiverem obstruindo o fluxo da bile e das substâncias do pâncreas para o duodeno (parte inicial do intestino).
Neste procedimento, através de um endoscópio introduzido pela boca, coloca-se um catéter na via biliar obstruída, localizam-se os cálculos e, se possível, faz-se sua extração puxando-os para dentro do duodeno. Este procedimento é realizado com uma leve sedação e é disponível apenas em alguns centros especializados.
A pancreatite tem diferentes graus de gravidade. Desde casos leves, nos quais alguns dias sem alimentação por via oral são suficientes para o alívio da crise, até casos extremamente graves, que necessitam de cirurgia e internação em unidades de tratamento intensivo (UTI).

Como se previne?
A pancreatite crônica causada pelo álcool é evitada pelo consumo moderado da bebida.
Indivíduos que já tiveram pancreatite por álcool devem suspender totalmente o seu uso afim de não exacerbar novas crises e evitar a progressão da insuficiência pancreática.
Indivíduos com cálculos na vesícula biliar e que já tiveram sintomas devem discutir com seu médico a indicação de cirurgia para retirada da vesícula a fim de evitar futuras complicações.
Pessoas que já tiveram pancreatite por cálculo na via biliar devem, na ausência de contra-indicações, retirar a vesícula por cirurgia. Atualmente, sempre que não houverem contra-indicações, opta-se pela videocirurgia (colecistectomia videolaparoscópica).

quinta-feira, 12 de abril de 2012

ESTOU DE VOLTA

Meus amigos, estou de volta! A vida nos prega peças, as vezes nos surpreende com problemas de saude e/ou emocional, ou financeiro, ou familiar, enfim, como todos nos temos problemas, tenho certeza que serei perdoada, mas mesmo assim, quero dizer que senti muita falta de tudo e de todos.
Enquanto isso, vejam o video sobre lupus http://www.videolog.tv/lupus/videos/223914

UM BREVE RESUMO DOS ACONTECIMENTOS


Em maio de 2011 comecei a enxergar com uma "sombra" no canto direito do olho direito. Fui ao oftalmo, que me encaminhou a um cirurgiao. Diagnostico: descolamento da retina, cirurgia urgente. Fiz a cirurgia em junho/2011.

Em agosto de 2011 comecei a sentir uma dor fortissima no abdomem, com dificuldade para me mexer, para respirar fundo etc. Fui para a emergencia e fiquei internada. Diagnostico: pancreatite. (no proximo post vou falar sobre pancreatite). Nao operei.

Por orientaçao do meu reumato, Dr. Evandro Mendes Klumb, em janeiro de 2012 fui procurar o Dr. Alexandre Fiuza, cirurgiao, que confirmou a cirurgia e indicou os exames necessarios. A cirurgia foi marcada para dia 10 de fevereiro, no Hospital Quinta D'or.
No dia 3 de fevereiro, tive outra crise, as dores no abdomem voltaram, insuportaveis. Fui para a emergencia do Hospital Quinta D'Or, onde fiquei internada na UTI, assistida pela equipe do Dr. Alexandre Fiuza.
Mas, como as coisas gostam de complicar a vida da gente, tive pneumonia, com isso, a cirurgia foi adiada.
E, quis o destino que a minha cirurgiao fosse realmente no dia que inicialmente estava marcada: dia 10 de fevereiro. Graças a Deus, correu tudo bem, apesar de um pouco demorada, estou aqui, contando mais esta aventura para voces.

AGRADECIMENTOS
Gostaria de deixar aqui o meu muito obrigada para todos do Hospital Quinta D'Or, onde o tratamento que o paciente recebe é de primeirissima, a dedicaçao do corpo de enfermagem é excepcional, os medicos idem.
Eu tinha alguns nomes das equipes da UTI, de Reumatologia e da Cirurgia, mas nao vou nomear, pois, se eu esquecer o nome de alguem vai ser injusto. Portanto, fica aqui o meu agradecimento profundo a todos de quem recebi atendimento, conforto e carinho.