sexta-feira, 27 de maio de 2011

NOVO REMEDIO PARA ARTRITE

BRASIL FIRMA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA PARA PRODUZIR ADALIMUMABE

Deu na Mídia

No mes de abril proximo passado, o Ministério da Saúde anunciou que o País passará a produzir quatro importantes medicamentos por intermédio de parcerias público-privadas, as chamadas PPPs. Entre eles estão os antirretrovirais atazanavir e raltegravir, contra a aids, o pramipexol, utilizado no controle do mal de Alzheimer, e o adalimumabe, empregado no tratamento da artrite reumatoide, doença inflamatória crônica que ataca as articulações. Este último será fabricado por meio da união de esforços entre o Instituto Vital Brasil e a PharmaPraxis, a partir de um projeto de pesquisa.

Segundo a reumatologista Licia Maria Henrique da Mota, coordenadora da Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), recorre-se ao adalimumabe – ou a outras medicações da mesma classe – quando falham os fármacos de primeira linha usados para impedir o avanço da artrite reumatoide.
Ou seja, quem o utiliza são justamente os pacientes que não tiveram boa resposta ou que apresentaram intolerância ao metotrexato e/ou a outras drogas modificadoras do curso da doença, como leflunomida, sulfassalazina e hidroxicloroquina. “É um agente de comprovado benefício para o controle de sintomas e que evita a progressão radiológica, ou seja, a ocorrência de erosões nas articulações”, explica a médica.

Contudo, por se tratar de um produto importado, o medicamento é pouco acessível para compra, sendo dispensado gratuitamente pelo governo com restrições. Assim, a notícia parece promissora para os reumatologistas, “que, em sua rotina diária, sempre se veem às voltas com as dificuldades de acesso a medicações de alto custo”, sublinha Licia.

Ademais, a coordenadora da Comissão de Artrite Reumatoide da SBR ressalta que a produção local desse medicamento por meio de uma parceria público-privada pode ser de grande interesse para ambas as partes. “Isso pode significar não apenas a ampliação do acesso a tais drogas, mas também desenvolvimento tecnológico e uma economia de milhões de reais”, aposta. Mais precisamente de R$ 700 milhões, conforme calcula o Ministério da Saúde.

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