quinta-feira, 16 de setembro de 2010

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA

O que é?

A insuficiência renal crônica (IRC) é o resultado das lesões renais irreversíveis e progressivas provocadas por doenças que tornam o rim incapaz de realizar as suas funções.

O ritmo de progressão depende da doença original e de causas agravantes, como hipertensão, infecção urinária, nefrite, gota e diabete. Muitas vezes a destruição renal progride pelo desconhecimento e descuido dos portadores das doenças renais.

Em cada 5.000 pessoas uma adoece dos rins por vários tipos de doenças. Quando o rim adoece, ele não consegue realizar as tarefas para as quais foi programado, tornando-se insuficiente.

Geralmente, quando surge uma doença renal, ela ocorre nos dois rins, raramente atingindo um só. Quando o rim adoece por uma causa crônica e progressiva, a perda da função renal pode ser lenta e prolongada. Por isso, o acompanhamento médico das doenças renais é importante para prolongar o bom funcionamento do rim por muito tempo, mesmo com certos graus de insuficiência.

O rim pode perder 25%, 50% e até 75% das suas capacidades funcionais, sem causar maiores danos ao paciente. Mas, quando a perda é maior do que 75%, começam a surgir problemas de saúde devido às alterações funcionais graves e progressivas. Os exames laboratoriais tornam-se muito alterados.

As principais doenças que tornam o rim incapaz ou insuficiente são:
- Hipertensão arterial severa
- Diabetes
- Infecção dos rins
- Nefrites
- Doenças hereditárias (rim com cistos)
- Pedras nos rins (cálculos)
- Obstruções

Como se reconhece a doença crônica renal?
São facilmente identificáveis os problemas clínicos que a insuficiência renal traz às pessoas:
- Hipertensão arterial, de moderada a severa
- Anemia severa que não responde ao tratamento com sulfato ferroso
- Edema por todo o corpo, aumentando o peso
- Pele pálida (cor de palha)
- Fraqueza, cansaço, emagrecimento, coceira no corpo, falta de apetite Náuseas e vômitos
- Cheiro desagradável na boca, pelo aumento da uréia no sangue
- Piora da hipertensão arterial
- Aumento do volume de urina sempre muito clara (nunca mudando de cor)
- Necessidade freqüente de urinar, com tendência de maior volume à noite
- Nas mulheres, alterações menstruais e abortamento fácil

Como se previne?
A melhor maneira de retardar a fase final da IRC é seguir todas as recomendações médicas e evitar os fatores agravantes da lesão renal, que são:
- Reagudização das glomerulonefrites e dos processos inflamatórios do rim
- Infecções urinárias agudas e crônicas
- Agravamento e descontrole da hipertensão arterial
- Dietas inadequadas (sal, proteína, água e potássio)
- Diabete descompensado
- Uso indiscriminado de corticóides e antinflamatórios
- Obstruções das vias urinárias (próstata, cálculos, tumores)

Como se trata?
A permanência no estágio crônico pode ser breve ou longa, dependendo do tipo de doença que afeta o rim, dos cuidados e orientações recebidos.

Nas fases iniciais da IRC diminuir proteínas, sal e alimentos que contenham fósforo é fundamental no tratamento dietético. Remédios para reduzir a perda de albumina na urina ajudam a preservar a função renal. O controle adequado da pressão arterial em quem tem pressão alta e do diabetes também são aspectos muito importantes no tratamento.

Se a doença continuar destruindo o rim até atingir 90% de sua atividade, os 10% restantes muito pouco poderão fazer para manter a saúde do paciente. Nesse momento, a dieta, os diuréticos, os anti-hipertensivos e outros medicamentos ajudam muito pouco. Torna-se necessário o uso da diálise e/ou o transplante renal.

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