quarta-feira, 31 de julho de 2013

REIVINDICAÇÃO DOS PORTADORES DE LÚPUS DA BAHIA

  • 09:00
  • Edificio Bahia Center, Rua Ruy Barbosa - Centro
  • Assistência as pessoas portadoras de LÚPUS na cidade de Salvador com a vereadora Aladilce Souza.

    REIVINDICAÇÕES DOS PORTADORES DE LÚPUS

    1-PROJETOS DE LEIS DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL AO PORTADOR DE LÚPUS NA BAHIA.
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    2-AMPLIAÇÃO DE AMBULATÓRIOS DE LÚPUS PELO SUS.

    3-AUMENTO NO QUADRO DE MÉDICOS ESPECIALIZADOS NA PATOLOGIA.

    4-TRANSPORTES GRATUITOS PARA PORTADORES DE LÚPUS, SENDO QUE A DOENÇA É CONSIDERADA DEFICIENTE PELO SENADO FEDERAL E OS PORTADORES TEM DIFICULDADE DE LOCOMOÇÃO.

    5-CRIAÇÃO DE LEITOS ESPECÍFICOS PARA PACIENTES COM LÚPUS NO HOSPITAL SANTO ANTÔNIO.

    6-AUMENTO NO QUADRO MÉDICO NO AMBULATÓRIO DE LÚPUS NO H.S.A.

    7-FÁCIL ACESSO PARA O CADASTRAMENTO DO PACIENTE DE LÚPUS NO PROGRAMA DE MEDICAÇÃO PELA PREFEITURA.

    8-CADASTRAMENTO NA LOBA DE TODOS PORTADORES DA CAPITAL E INTERIOR INDEPENDENTE DE AMBULATÓRIOS ASSISTIDOS, PARA QUE POSSAMOS BUSCAR MELHORIA JUNTO AS AUTORIDADES COMPETENTES.

    9-CAMPANHAS EDUCATIVAS SOBRE O LÚPUS EM NÍVEL ESTADUAL, RÁDIOS, TV’S ETC.
    Ver mais


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  • FOI O MELHOR QUE PUDE FAZER, MINHA AMIGA JACIRA, ESPERO ESTA AJUDANDO. BEIJINHOS PARA TODAS AS LOBINHAS DA BAHIA.

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    domingo, 28 de julho de 2013

    DERMATITE HERPETIFORME

     

    Dermatite Herpetiforme
    O que é:
    A dermatite herpetiforme de duhring é uma doença crônica, auto-imune, que é acompanha quase sempre de sinais da doença celíaca ou doenças da tireóide. Nesta dermatite, ocorre a formação de lesões vesiculares e de placas similares à urticária, intensamente pruriginosas e persistentes.

     

    Sintomas
    Os sintomas da dermatite herpetiforme são:
    • Pequenas vesículas surgem gradualmente nos cotovelos, nos joelhos, nas nádegas, nas região lombar e na parte posterior da cabeça, podendo formar-se na face e no pescoço;
    • Coceira;
    • Sensação de queimação intensa.

     

    Causa

    A possível causa da dermatite herpetiforme é a intolerância ao glúten, pois esta substância ativa o sistema imune, dando origem aos sintomas da doença. As causas da doença ainda são desconhecidas.

     

    Tratamento
    O tratamento para dermatite herpetiforme pode ser realizado com o uso de Sulfonas (Dapsona), e aconselha-se uma dieta isenta de glúten (trigo, centeio, cevada e aveia). A dapsona é um medicamento que traz alívio dos sintomas em 1 a 2 dias, mas na maioria dos pacientes, a doença dura muito tempo.

     

    Dermatite Herpetiforme tem cura?
    A dermatite herpetiforme tem cura, e ela pode ser alcançada controlando a doença celíaca.

    MEU BLOG NOVO

    Bom Dia! Um lindo e feliz domingo para todos.

    Para todas as amigas, todos os amigos e seguidores deste blog, desejo apresentar o meu novo blog, onde falo de coisas belas, lugares especiais, poesias, pensamentos e coisas afins. Espero a visita de todos e gostaria que deixassem suas opiniões. Beijinho no coração.
    http:\\asasdeborboletadaimaginacao.blogspot.com

    terça-feira, 23 de julho de 2013

    ANEMIA HEMOLÍTICA

     

    Anemia Hemolítica
    Anemia Hemolítica é uma doença auto-imune, mais comum entre as mulheres do que entre os homens. É caracterizada pela produção de anticorpos que reagem contra os eritrócitos, que são as células vermelhas do sangue, destruindo-as e produzindo a anemia.
    Esta doença tem uma evolução muito rápida e na maioria dos casos não se identifica a causa. Seu tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico.

    Sintomas da Anemia Hemolítica
    Os Sintomas da Anemia Hemolítica são:
    • Fraqueza;
    • Sensação de desmaio;
    • Palidez;
    • Falta de apetite;
    • Tontura;
    • Cansaço;
    • Sono;
    • Indisposição;
    • Dor de cabeça;
    • Unhas fracas;
    • Pele seca;
    • Queda de cabelo;
    • Falta de ar;
    • Palidez nas mucosas dos olhos e boca;
    • Falhas na memória e
    • Dificuldades na concentração.
    Tipos de Anemia Hemolítica
    Existem vários tipos de anemia hemolítica, entre elas, uma que é ativada por temperatura baixas denominada anemia hemolítica de anticorpos reativos ao frio e outra  por temperaturas altas conhecida como anemia hemolítica de anticorpos reativos ao calor.


    Diagnóstico da Anemia Hemolítica
    O diagnóstico da anemia hemolítica é feito através de exames ao sangue que identificam anticorpos contra as próprias células do sangue.  

    Tratamento para Anemia Hemolítica
    O tratamento pode envolver a remoção cirúrgica do baço, a administração de corticosteróides como a  prednisona ou drogas imunossupressoras  como a ciclosporina e ciclofosfamida, por exemplo.

    domingo, 21 de julho de 2013

    PSORÍASE

    PSORÍASE
    O que é?
    A psoríase é uma doença inflamatória da pele, benigna, crônica, relacionada à transmissão genética e que necessita de fatores desencadeantes para o seu aparecimento ou piora (principalmente no inverno). Afeta 1 a 2% da população mundial. Acomete igualmente homens e mulheres, embora o início seja mais precoce nas mulheres. Existem dois picos de idade de prevalência: antes dos 30 e após os 50 anos. E, em 15% dos casos, surge antes dos dez anos de idade.
     
    Como se desenvolve?
    É uma doença não contagiosa, multigênica (muitos genes envolvidos), e em parte dependente de fatores externos. Pode aparecer sob diferentes formas clínicas e diferentes graus da doença. É descrito 30% de incidência familiar.
    O desencadeamento pode ocorrer em qualquer idade, motivado por influência do meio, alguns medicamentos ou estresse.
    Em pessoas com história familiar, o início parece ser mais precoce.
     
    O que se sente?
    As lesões são muito típicas, com períodos de exacerbações e remissões, localizados principalmente em superfícies de extensão como joelhos e cotovelos, couro cabeludo, palmas das mãos, sola dos pés (áreas de maior traumatismo).

    Os quadros de psoríase recebem sua denominação conforme sua localização e aspecto:
     
    Psoríase Vulgar:
    Placas de tamanhos variados, bem delimitadas, avermelhadas, com escamas secas e aderentes prateadas ou acinzentadas nos locais mais comuns (couro cabeludo, cotovelos, joelhos, por exemplo).
    Psoríase invertida:
    Lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras (embaixo das mamas, área genital, entre nádegas).
    Psoríase Gutata:
    Lesões em forma de gotas associadas a processos infecciosos. As lesões são pequenas, localizadas no tronco e parte proximal dos braços e coxas (mais perto dos ombros e quadril), poupando mãos e pés. São numerosas e aparecem abruptamente mais em crianças e adultos jovens.
    Psoríase Eritrodérmica:
    Lesões generalizadas (75% ou mais da área corporal).
    Psoríase Ungueal:
    Pode ser comprometimento isolado na psoríase, acometendo mais unhas da mãos que dos pés. São características da doença, mas não específicas. Podem ser mais freqüentemente depressões puntiformes ou manchas amareladas cor de óleo, mas existem outras alterações menos comuns nas unhas.
    Psoríase Artropática:
    Por volta de 8% dos casos pode haver o comprometimento articular. Na artropatia periférica as manifestações freqüentes são: início agudo (abrupto) ou sub-abrupto, com comprometimento assimétrico de várias articulações nas pontas dos dedos das mãos e pés e, ocasionalmente, associação com alguma articulação grande como joelho ou cotovelo. Quando o quadro articular é prolongado e mais grave, aparecem deformidades nos dedos que adquirem a "forma de salsicha". Na artropatia central, a coluna lombar superior e torácica inferior são as mais acometidas. Na artrite psoriásica juvenil (menores de 16 anos), as meninas são mais acometidas e o início do quadro de artrite pode preceder o quadro cutâneo.
    Psoríase Pustulosa:
    Aparecimento e lesões com pus (mas estáveis). Há uma forma localizada em mãos e pés e uma generalizada.
    Psoríase Palmo-Plantar:
    Pode haver envolvimento de palmas das mãos e sola dos pés em 12% dos casos. As lesões típicas podem apresentar fissuras (rachaduras), e são de difícil manejo.


    Como o médico faz o diagnóstico?
    O diagnóstico, em geral, é fácil, e baseia-se na história clínica e achado de lesões típicas com dados característicos na raspagem das lesões ao exame pelo médico.
    Em casos mais graves ou formas não usuais pode-se lançar mão de biópsia de pele (exame de pele com diagnóstico característico ou indicativo).
    Alguns exames laboratoriais podem colaborar na investigação de desencadeantes da doença (como diabete e infecção estreptocócica).
     
    Como se trata?
    É importante fornecer orientações gerais quando à doença, individualizando o tratamento conforme as características de cada paciente. Lembrar do aspecto não contagioso da doença, dos fatores desencadeantes, tais como estresse, frio, exposição excessiva ao sol, algumas doenças (diabetes não controlada, surtos infecciosos), e uso de alguns medicamentos.
    Casos leves a moderados (75% a 80% dos casos) podem ser controlados com medicação de uso local na pele, devendo sempre ser indicados e controlados pelo médico.
    Os casos mais severos e extensos requerem uma abordagem mais controlada e agressiva, com medicações de uso oral em esquema rotativo, visando o mínimo de efeitos colaterais de cada medicação e uma tolerabilidade maior do paciente com o esquema proposto.
    A exposição moderada ao sol e a hidratação contínua da pele são importantes para a maioria dos pacientes.
     
    Como se previne?
    É muito importante esclarecer o paciente sobre a doença: sua evolução, desencadeantes, tratamentos disponíveis e envolvimento emocional. Não se tem ainda como prevenir a psoríase.
    Cada vez se estuda mais a doença, já com muitos avanços no tratamento, mas ainda é um desafio manter o paciente sem lesões com segurança por muito tempo.

    quinta-feira, 11 de julho de 2013

    DOENÇA DE CROHN  (AUTOIMUNE)
    O que é?
    O conjunto das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) abrange a Doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU). A Doença de Crohn caracteriza-se por inflamação crônica de uma ou mais partes do tubo digestivo, desde a boca, passando pelo esôfago, estômago, intestino delgado e grosso, até o reto e ânus. Na maioria dos casos de Doença de Crohn, no entanto, há inflamação do intestino delgado; o intestino grosso pode estar envolvido, junto ou separadamente. A doença leva o nome do médico que a descreveu em 1932.
     
    Como se desenvolve?
    Não se conhece uma causa para a Doença de Crohn. Várias pesquisas tentaram relacionar fatores ambientais, alimentares ou infecções como responsáveis pela doença. Porém, notou-se que fumantes têm 2-4 vezes mais risco de tê-la e que particularidades da flora intestinal (microorganismos que vivem no intestino e ajudam na digestão) e do sistema imune (mecanismos naturais de defesa do organismo) poderiam estar relacionadas. Nenhum desses fatores, isoladamente, poderia explicar por que a doença inicia e se desenvolve. O conjunto das informações disponíveis, até o momento, sugere a influência de outros fatores ambientais e de fatores genéticos.
    Nota-se a influência dos fatores genéticos em parentes de primeiro grau de um indivíduo doente por apresentarem cerca de 25 vezes mais chance de também terem a doença do que uma pessoa sem parentes afetados.
     
    O que se sente?
    A Doença de Crohn costuma iniciar entre os 20 e 30 anos, apesar de ocorrerem casos também em bebês ou casos iniciados na velhice. Os sintomas mais freqüentes são diarréia e dor abdominal em cólica com náuseas e vômitos acompanhados de febre moderada, sensação de distensão abdominal piorada com as refeições, perda de peso, mal-estar geral e cansaço. Pode haver eliminação, junto com as fezes, de sangue, muco ou pus. A doença alterna períodos sem qualquer sintoma com exacerbações de início e duração imprevisíveis.
    Outras manifestações da doença são as fístulas, que são comunicações anormais que permitem a passagem de fezes entre duas partes dos intestinos, ou do intestino com a bexiga, a vagina ou a pele. Essa situação, além de muito desconfortável, expõe a pessoa à infecções de repetição. As fístulas ocorrem isoladamente ou em associação com outras doenças da região próxima ao ânus, como fissuras anais e abscessos.
    Com o passar do tempo, podem ocorrer complicações da doença. Entre as mais comuns estão os abscessos (bolsas de pus) dentro do abdômen, as obstruções intestinais causadas por trechos com estreitamento - causado pela inflamação ou por aderências de partes inflamadas dos intestinos. Também pode aparecer a desnutrição e os cálculos vesiculares devido à má absorção de certas substâncias. Outras complicações, ainda que menos freqüentes, são o câncer de intestino grosso e os sangramentos digestivos.
    Alguns pacientes com Doença de Crohn podem apresentar evidências fora do aparelho digestivo, como manifestações na pele (Eritema Nodoso e Pioderma Gangrenoso), nos olhos (inflamações), nas articulações (artrites) e nos vasos sangüíneos (tromboses ou embolias).
     
    Como o médico faz o diagnóstico?
    A base do diagnóstico é pela história obtida com o paciente e pelo exame clínico. Havendo a suspeita da doença, radiografias contrastadas do intestino delgado (trânsito intestinal) podem ajudar na definição diagnóstica pela achado de ulcerações, estreitamentos e fístulas características. O intestino grosso também costuma ser examinado por enema baritado (Rx com contraste introduzido por via anal) ou colonoscopia (endoscopia). Esse último exame, que consiste na passagem por via anal de um aparelho semelhante a uma mangueira, permitindo a filmagem do interior do intestino grosso, tem a vantagem de permitir também a realização de biópsias da mucosa intestinal para serem analisadas ao microscópio.
    Mais recentemente, dois exames de sangue, conhecidos pelas siglas ASCA e p-ANCA, já podem ser usados no diagnóstico da Doença de Crohn entre nós, ainda que não sejam confirmatórios e tenham seu uso limitado pelo custo.
     
    Como se trata?
    O tratamento da Doença de Crohn é individualizado de acordo com as manifestações da doença em cada paciente. Como não há cura, o objetivo do tratamento é o controle dos sintomas e das complicações.
    Não há restrições alimentares que sejam feitas para todos os casos. Em algumas pessoas, observa-se intolerância a certos alimentos, freqüentemente, à lactose (do leite). Nesses casos, recomenda-se evitar o alimento capaz de provocar a diarréia ou a piora de outros sintomas. Indivíduos com doenças no intestino grosso podem ter benefícios com dieta rica em fibras (muitas verduras e frutas), enquanto que em indivíduos com obstrução intestinal pode ser indicada dieta sem fibras.
    Além de adequações na dieta, medicamentos específicos podem ser usados para o controle da diarréia com razoável sucesso. O uso desses medicamentos deve sempre ser orientado pelo médico, já que há complicações graves relacionadas ao seu uso inadequado.
    Medicamentos específicos que agem principalmente no controle do sistema imune são usados no tratamento dos casos que não obtém melhora satisfatória apenas com dieta e antidiarréicos. São eles a sulfassalazina, mesalamina, corticóides, azatioprina, mercaptopurina e, mais recentemente, o infliximab. Pelo seu custo e efeitos colaterais, a decisão sobre o início do uso, a manutenção e a escolha do medicamento deve ser feita por médico com experiência no assunto, levando em conta aspectos individuais de cada paciente.
    Alguns doentes com episódios graves e que não melhoram com uso das medicações nas doses máximas e pelo tempo necessário, podem necessitar de cirurgia com retirada da porção afetada do intestino.
    Situações que também requerem cirurgia são sangramentos graves, abscessos intra-abdominais e obstruções intestinais. Apesar de se tentar evitar ao máximo a cirurgia em pacientes com Doença de Crohn, mais da metade necessitarão de pelo menos uma ao longo da vida. Retiradas sucessivas de porções do intestino podem resultar em dificuldades na absorção de alimentos e em diarréia de difícil controle.
     
    Como se previne?
    Não há forma de prevenção da Doença de Crohn (DC).
    Pessoas já doentes são fortemente orientadas a não fumar como forma de evitar novas exacerbações. O uso crônico das medicações usadas para o controle das crises não mostrou o mesmo benefício na prevenção de novos episódios, devendo, portanto, ser individualizada a manutenção ou a suspensão do tratamento após o controle dos sintomas iniciais ou de agudização.
     

    quarta-feira, 10 de julho de 2013

    DIABETES MELLITUS ( DM )
    Sinônimos: Diabetes, hiperglicemia
    Nomes populares: Açúcar no sangue, aumento de açúcar

    O que é ?
    Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características.
    O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem graves conseqüências tanto quando surge rapidamente como quando se instala lentamente. Nos dias atuais se constitui em problema de saúde pública pelo número de pessoas que apresentam a doença, principalmente no Brasil.

    Apresenta diversas formas clínicas, sendo classificado em: 
    - Diabetes Mellitus tipo I:
    Ocasionado pela destruição da célula beta do pâncreas, em geral por decorrência de doença auto-imune, levando a deficiência absoluta de insulina.

    - Diabetes Mellitus tipo II:
    Provocado predominantemente por um estado de resistência à ação da insulina associado a uma relativa deficiência de sua secreção.

    - Outras formas de Diabetes Mellitus:
    quadro associado a desordens genéticas, infecções, doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas.

    - Diabetes Gestacional:
    Circunstância na qual a doença é diagnosticada durante a gestação, em paciente sem aumento prévio da glicose.

    Como se desenvolve?
    Conforme pode ser observado no item acima (formas clínicas), são várias as causas do DM.
    No DM tipo I, a causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células pancreáticas produtoras de insulina (células beta). Assim sendo, nos primeiros meses após o início da doença, são detectados no sangue dos pacientes, diversos anticorpos sendo os mais importantes o anticorpo anti-ilhota pancreática, o anticorpo contra enzimas das células beta (anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico - antiGAD, por exemplo) e anticorpos anti-insulina.
    No DM tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência a ação da insulina, sendo o principal deles a obesidade, que está presente na maioria dos pacientes.
    Nos pacientes com outras formas de DM, o que ocorre em geral é uma lesão anatômica do pâncreas, decorrente de diversas agressões tóxicas seja por álcool, drogas, medicamentos ou infecções, entre outras.

    O que se sente ?
    Os sintomas do DM são decorrentes do aumento da glicemia e das complicações crônicas que se desenvolvem a longo prazo.

    Os sintomas do aumento da glicemia são: 
    - sede excessiva
    - aumento do volume da urina, 
    - aumento do número de micções
    - surgimento do hábito de urinar à noite
    - fadiga, fraqueza, tonturas
    - visão borrada
    - aumento de apetite
    - perda de peso.
    Estes sintomas tendem a se agravar progressivamente e podem levar a complicações severas que são a cetoacidose diabética (no DM tipo I) e o coma hiperosmolar (no DM tipo II).
    Os sintomas das complicações envolvem queixas visuais, cardíacas, circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas e ortopédicas, entre outras.
     
    - Sintomas visuais:
    O paciente com DM descompensado apresenta visão borrada e dificuldade de refração. As complicações a longo prazo envolvem diminuição da acuidade visual e visão turva que podem estar associadas a catarata ou a alterações retinianas denominadas retinopatia diabética. A retinopatia diabética pode levar ao envolvimento importante da retina causando inclusive descolamento de retina, hemorragia vítrea e cegueira.

    - Sintomas cardíacos:
    Pacientes diabéticos apresentam uma maior prevalência de hipertensão arterial, obesidade e alterações de gorduras. Por estes motivos e, principalmente se houver tabagismo associado, pode ocorrer doença cardíaca. A doença cardíaca pode envolver as coronárias, o músculo cardíaco e o sistema de condução dos estímulos elétricos do coração. Como o paciente apresenta em geral também algum grau de alteração dos nervos do coração, as alterações cardíacas podem não provocar nenhum sintoma, sendo descobertas apenas na presença de sintomas mais graves como o infarto do miocárdio, a insuficiência cardíaca e as arritmias.

    - Sintomas circulatórios:
    Os mesmos fatores que se associam a outras complicações tornam mais freqüentes as alterações circulatórias que se manifestam por arteriosclerose de diversos vasos sangüíneos. São freqüentes as complicações que obstruem vasos importantes como as carótidas, a aorta, as artérias ilíacas, e diversas outras de extremidades. Essas alterações são particularmente importantes nos membros inferiores (pernas e pés), levando a um conjunto de alterações que compõem o "pé diabético". O "pé diabético" envolve, além das alterações circulatórias, os nervos periféricos (neuropatia periférica), infecções fúngicas e bacterianas e úlceras de pressão. Estas alterações podem levar a amputação de membros inferiores, com grave comprometimento da qualidade de vida.

    - Sintomas digestivos:
    Pacientes diabéticos podem apresentar comprometimento da inervação do tubo digestivo, com diminuição de sua movimentação, principalmente em nível de estômago e intestino grosso. Estas alterações podem provocar sintomas de distensão abdominal e vômitos com resíduos alimentares e diarréia. A diarréia é caracteristicamente noturna, e ocorre sem dor abdominal significativa, freqüentemente associado com incapacidade para reter as fezes (incontinência fecal).

    - Sintomas renais:
    O envolvimento dos rins no paciente diabético evolui lentamente e sem provocar sintomas. Os sintomas quando ocorrem em geral já significam uma perda de função renal significativa. Esses sintomas são: inchume nos pés (edema de membros inferiores), aumento da pressão arterial, anemia e perda de proteínas pela urina (proteinúria).

    - Sintomas urinários:
    Pacientes diabéticos podem apresentar dificuldade para esvaziamento da bexiga em decorrência da perda de sua inervação (bexiga neurogênica). Essa alteração pode provocar perda de função renal e funcionar como fator de manutenção de infecção urinária. No homem, essa alteração pode se associar com dificuldades de ereção e impotência sexual, além de piorar sintomas relacionados com aumento de volume da próstata.

    - Sintomas neurológicos:
    O envolvimento de nervos no paciente diabético pode provocar neurites agudas (paralisias agudas) nos nervos da face, dos olhos e das extremidades. Podem ocorrer também neurites crônicas que afetam os nervos dos membros superiores e inferiores, causando perda progressiva da sensibilidade vibratória, dolorosa, ao calor e ao toque. Essas alterações são o principal fator para o surgimento de modificações na posição articular e de pele que surgem na planta dos pés, podendo levar a formação de úlceras ("mal perfurante plantar"). Os sinais mais característicos da presença de neuropatia são a perda de sensibilidade em bota e luva, o surgimento de deformidades como a perda do arco plantar e as "mãos em prece" e as queixas de formigamentos e alternância de resfriamento e calorões nos pés e pernas, principalmente à noite.

    - Sintomas dermatológicos:
    Pacientes diabéticos apresentam uma sensibilidade maior para infecções fúngicas de pele (tinha corporis, intertrigo) e de unhas (onicomicose). Nas regiões afetadas por neuropatia, ocorrem formações de placas de pele engrossada denominadas hiperceratoses, que podem ser a manifestação inicial do mal perfurante plantar.

    - Sintomas ortopédicos:
    A perda de sensibilidade nas extremidades leva a uma série de deformidades como os pés planos, os dedos em garra, e a degeneração das articulações dos tornozelos ou joelhos ("Junta de Charcot").

    Como o médico faz o diagnóstico ?
    O diagnóstico pode ser presumido em pacientes que apresentam os sintomas e sinais clássicos da doença, que são: sede excessiva, aumento do volume e do número de micções (incluindo o surgimento do hábito de acordar a noite para urinar), fome excessiva e emagrecimento. Na medida em que um grande número de pessoas não chega a apresentar esses sintomas, durante um longo período de tempo, e já apresentam a doença, recomenda-se um diagnóstico precoce .
    O diagnóstico laboratorial do Diabetes Mellitus é estabelecido pela medida da glicemia no soro ou plasma, após um jejum de 8 a 12 horas. Em decorrência do fato de que uma grande percentagem de pacientes com DM tipo II descobre sua doença muito tardiamente, já com graves complicações crônicas, tem se recomendado o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença em várias situações. O rastreamento de toda a população é porém discutível.
    Fatores de Risco para o Diabetes Mellitus

    Existem situações nas quais estão presentes fatores de risco para o Diabetes Mellitus, conforme apresentado a seguir:
     - Idade maior ou igual a 45 anos
    - História Familiar de DM ( pais, filhos e irmãos)
    - Sedentarismo
    - HDL-c baixo ou triglicerídeos elevados
    - Hipertensão arterial
    - Doença coronariana
    - DM gestacional prévio
    - Filhos com peso maior do que 4 kg, abortos de repetição ou morte de filhos nos primeiros dias de vida
    - Uso de medicamentos que aumentam a glicose ( cortisonas, diuréticos tiazídicos e beta-bloqueadores)

    Objetivos do Tratamento
    Os objetivos do tratamento do DM são dirigidos para se obter uma glicemia normal tanto em jejum quanto no período pós-prandial, e controlar as alterações metabólicas associadas.
    Tratamento
    O tratamento do paciente com DM envolve sempre pelos menos 4 aspectos importantes:
     Plano alimentar: É o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo de paciente diabético. O objetivo geral é o de auxiliar o indivíduo a fazer mudanças em seus hábitos alimentares, permitindo um controle metabólico adequado. Além disso, o tratamento nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia, diminuir os fatores de risco cardiovascular, fornecer as calorias suficientes para manutenção de um peso saudável, prevenir as complicações agudas e crônicas e promover a saúde geral do paciente. Para atender esses objetivos a dieta deveria ser equilibrada como qualquer dieta de uma pessoa saudável normal, sendo individualizada de acordo com as particularidades de cada paciente incluindo idade, sexo, situação funcional, atividade física, doenças associadas e situação sócioeconômico-cultural.

    Composição do plano alimentar
    A composição da dieta deve incluir 50 a 60% de carboidratos, 30% de gorduras e 10 a 15% de proteínas. Os carboidratos devem ser preferencialmente complexos e ingeridos em 5 a 6 porções por dia. As gorduras devem incluir no máximo 10% de gorduras saturadas, o que significa que devem ser evitadas carnes gordas, embutidos, frituras, laticínios integrais, molhos e cremes ricos em gorduras e alimentos refogados ou temperados com excesso de óleo. As proteínas devem corresponder a 0,8 a 1,0 g/kg de peso ideal por dia, o que corresponde em geral a 2 porções de carne ao dia. Além disso, a alimentação deve ser rica em fibras, vitaminas e sais minerais, o que é obtido pelo consumo de 2 a 4 porções de frutas, 3 a 5 porções de hortaliças, e dando preferência a alimentos integrais. O uso habitual de bebidas alcoólicas não é recomendável, principalmente em pacientes obesos, com aumento de triglicerídeos e com mau controle metabólico. Em geral podem ser consumidos uma a duas vezes por semana, dois copos de vinho, uma lata de cerveja ou 40 ml de uísque, acompanhados de algum alimento, uma vez que o álcool pode induzir a queda de açúcar (hipoglicemia).

     Atividade física: Todos os pacientes devem ser incentivados à pratica regular de atividade física, que pode ser uma caminhada de 30 a 40 minutos ou exercícios equivalentes. A orientação para o início de atividade física deve incluir uma avaliação médica adequada no sentido de avaliar a presença de neuropatias ou de alterações cardio-circulatórias que possam contra-indicar a atividade física ou provocar riscos adicionais ao paciente.

     Medicamentos, Hipoglicemiantes orais: São medicamentos úteis para o controle de pacientes com DM tipo II, estando contraindicados nos pacientes com DM tipo I. Em pacientes obesos e hiperglicêmicos, em geral a medicação inicial pode ser a metformina, as sultoniluréias ou as tiazolidinedionas. A insulina é a medicação primordial para pacientes com DM tipo I, sendo também muito importante para os pacientes com DM tipo II que não responderam ao tratamento com hipoglicemiantes orais.

     Rastreamento: O rastreamento, a detecção e o tratamento das complicações crônicas do DM deve ser sempre realizado conforme diversas recomendações. Essa abordagem está indicada após 5 anos do diagnóstico de DM tipo I, no momento do diagnóstico do DM tipo II, e a seguir anualmente. Esta investigação inclui o exame de fundo de olho com pupila dilatada, a microalbuminúria de 24 horas ou em amostra, a creatinina sérica e o teste de esforço. Uma adequada analise do perfil lipídico, a pesquisa da sensibilidade profunda dos pés deve ser realizada com mofilamento ou diapasão, e um exame completo dos pulsos periféricos dever ser realizada em cada consulta do paciente. Uma vez detectadas as complicações existem tratamentos específicos, os quais serão melhor detalhados em outros artigos desse site.

    Como se previne ?
    A prevenção do DM só pode ser realizada no tipo II e nas formas associadas a outras alterações pancreáticas. No DM tipo I, na medida em que o mesmo se desenvolve a partir de alterações auto-imunes, essas podem ser até mesmo identificadas antes do estado de aumento do açúcar no sangue. Esse diagnóstico precoce não pode ser confundido porém com prevenção, que ainda não é disponível.
    No DM tipo II, na medida em que uma série de fatores de risco são bem conhecidos, pacientes que sejam portadores dessas alterações podem ser rastreados periodicamente e orientados a adotarem comportamentos e medidas que os retire do grupo de risco.

    Assim é que pacientes com história familiar de DM, devem ser orientados a:
    - manter peso normal
    - praticar atividade física regular
    - não fumar
    - controlar a pressão arterial
    - evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas (cortisona, diuréticos tiazídicos)
    Essas medidas, sendo adotadas precocemente, podem resultar no não aparecimento do DM em pessoa geneticamente predisposta, ou levar a um retardo
    importante no seu aparecimento e na severidade de suas complicações.