sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

RELACIONAMENTO COM O MÉDICO (II)

Relacionamento entre Médico e Paciente

Algumas coisas que o médico DEVE esperar do paciente:
- Que o paciente não vai omitir nenhum fato sobre sua doença.
- Que o paciente tentará seguir as suas sugestões de tratamento, ou lhe dirá quando isso não for feito.
- Que o paciente não faltará às consultas ou irá cancelar, assim que possível, aquelas que não puder comparecer.
- Que o paciente irá tratá-lo com cortesia e educação.
- Que o paciente irá assumir a responsabilidade de perguntar pontos sobre sua doença que ele/ela não entenda muito bem.
- Que, dentro das habilidades do paciente, esses seja responsável por saber de seu histórico médico e tratamento.
- Que o paciente jamais irá pedir ao médico para agir de maneira ilegal ou antiética.
- Que o paciente ou uma terceira parte, como um plano de saúde, irá pagar o médico por seus serviços.

Os pacientes podem ser bastante úteis ao manter registros das ocorrências médicas mais importantes, com notas sobre que medicamentos tem tomado, doses utilizadas, quando começou a ingeri-los e por quanto tempo. Tais registros são especialmente importantes quando o paciente toma esteróides. A forma de uso dessas drogas são pistas importantes para se conhecer a atividade da doença. Pacientes que ingerem esteróides por um longo tempo, algumas vezes aumentam as doses por conta própria a se sentirem ruins, ou se esqueçem de tomar os medicamentos quando estão se sentindo bem. Se isso acontecer, o médico deve tomar conhecimento para, no futuro, prescrever os medicamentos de maneira correta.

Algumas coisas que os médicos NÃO devem esperar do paciente:
- Que o paciente seja grato ao médico pelo seus cuidados.
- Que a opinião do médico nunca seja questionada pelo paciente.
- Que o paciente irá automaticamente seguir todas as ordens médicas.
- Que o paciente sempre será capaz de manter a raiva, depressão e medo a respeito de sua doença sob controle, e nunca irá descontar esses sentimentos no médico.
- Que o paciente irá compartilhar os mesmos costumes morais e valores do médico.
- Que o paciente tenha qualquer obrigação de continuar sobre seus cuidados.

Médicos que cuidam de pacientes com lúpus devem ser muito cuidadosos para não interpretar a resposta emocional do paciente à doença como um reflexo dos seus sentimentos por eles. Pacientes com lúpus com freqüência são nervosos ou deprimidos. O médico não deve se sentir ofendido por tais emoções mas deve ajudar o paciente a entender de onde ela vêm. O médico deve se certificar de que esses sentimentos não estejam ficando piores devido aos efeitos dos medicamentos ou da atividade da doença.

O médico também deve estar atento para não permitir que diferenças culturais aumentem a diferença entre ele e o paciente. Por exemplo, estudos realizados sobre uma variedade de procedimentos médicos mostram que médicos homens ignoram um pouco mais as reclamações de pacientes mulheres, ao contrário do que acontece quando os pacientes são homens.

Muitos pacientes se sentem frustrados porque esperavam que o médico fosse uma combinação de pai, amigo e milagreiro. Muitos médicos ficam tristes porque esperavam que os pacientes seguissem suas recomendações sem questioná-las, se pedir mais nada, sem emoção alguma. Felizmente, se ambos os indivíduos envolvidos na relação médico-paciente puderem olhar para essa interação de modo mais realista, eles começarão a apreciá-la como verdadeiramente única, mutualmente recompensadora, como realmente deve ser.

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